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Rebeldes sírios armados capturaram dezenas de membros das forças de segurança da Síria ao tomarem dois postos de controle do Exército na província de Idlib, no norte do país, nesta segunda-feira (2), disse o grupo oposicionista Observatório Sírio para os Direitos Humanos.

Os desertores do Exército também entraram em confronto com as forças de segurança em um terceiro posto, matando e ferindo um número não especificado de soldados leais ao presidente Bashar al-Assad, segundo o grupo, que tem sede em Londres.

O diretor do Observatório, Rami Abdelrahman, disse que a operação desta segunda-feira ocorreu na região de Jabal al-Zawiyah, em Idlib. Não ficou claro quantas pessoas foram mortas ou capturadas pelos rebeldes, informou.

O governo sírio proíbe a maior parte da imprensa estrangeira de trabalhar no país, dificultando a verificação dos relatos de incidentes.

O ataque relatado aconteceu três dias depois de o grupo Exército Livre Sírio, que é contra o governo, dizer que havia ordenado a seus combatentes que interrompessem as operações ofensivas enquanto se aguardavam os desdobramentos de uma reunião com delegados da Liga Árabe que monitoram o cumprimento de um plano de paz por Assad.

Monitores da Liga Árabe estão vistoriando o cumprimento do plano de paz árabe que pede que Assad retire as tropas e tanques das ruas, liberte presos e dialogue com a oposição.

O secretário-geral da liga, Nabil Elaraby, disse nesta segunda-feira que os militares sírios se retiraram das áreas residenciais das cidades e subúrbios do país, mas os confrontos continuam e franco-atiradores continuam sendo uma ameaça à população.

As Nações Unidas estimam que mais de 5.000 pessoas foram mortas na repressão aos protestos contra Assad, iniciados em março. Autoridades sírias dizem que grupos armados mataram 2.000 membros das forças de segurança durante o levante que já dura dez meses.

O coronel Riad al-Asaad, comandante do Exército Livre Sírio rebelde, disse na sexta-feira que havia dado ordens a seus combatentes para que suspendessem todos os ataques quando os monitores árabes chegaram à Síria, há dez dias. Mas um vídeo gravado por combatentes rebeldes na semana passada mostrou a emboscada de um comboio de ônibus do Exército na qual quatro soldados foram mortos.

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