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Rebeldes sírios entraram em confronto com forças leais ao governo pelo controle de uma base militar perto da principal estrada norte-sul do país, cuja conquista eles afirmam que seria um grande passo para a criação de uma "zona de segurança", permitindo que se concentrem nos ataques ao redutos do presidente Bashar al-Assad no sul do país.

Por duas semanas eles cercaram e atacaram Wadi al-Deif, a leste da cidade de Maarat al-Numan. Eles dizem que a ferocidade dos contra-ataques das forças do governo mostra quão importante é a manutenção da base para a estratégia militar do presidente.

Assad está lutando contra uma insurgência que cresceu a partir de protestos há 19 meses e se transformou em uma guerra civil em que 30 mil pessoas já foram mortas. Sobrecarregado, o Exército perdeu faixas de território e confia no poder aéreo para manter os rebeldes à distância.

Se Wadi al-Daif sucumbir aos rebeldes, que já controlam fronteiras com a Turquia ao norte, Assad dependeria de uma única rota terrestre - a partir do porto mediterrâneo de Latakia - para abastecer suas forças que lutam para reconquistar Aleppo, a maior cidade da Síria.

"A batalha começou há 11 dias. Primeiro enviamos pequenos grupos para libertar (a base) e fomos surpreendidos pela resistência que as forças do regime mostraram", disse o tenente-coronel Khaled Hmood, um antigo oficial do Exército que desertou para lutar contra Assad.

"O regime está lutando ferozmente. Parece que ele (Assad) não se importa de perder milhares de soldados a fim de manter seu controle sobre o complexo."

Maarat al-Numan já sucumbiu aos opositores de Assad, efetivamente cortando a rodovia de Aleppo. Mas, sem o controle da base militar próxima, o domínio sobre a estrada é tênue.

Hmood disse acreditar que cerca de 400 soldados estavam defendendo Wadi al-Deif - um grupo de quartéis a apenas 500 metros da estrada Damasco-Aleppo e apoiado pelo poder aéreo que Assad mobilizou contra os rebeldes e moradores de Maarat al-Numan.

A base pode também ser um importante depósito de combustível, mantendo, pelo menos, cinco milhões de litros de querosene em cinco abrigos subterrâneos, de acordo com Hmood.

Exército repelido

O Exército realizou um abastecimento ao militares de Wadi al-Deif pelo ar, jogando pão e outros alimentos de helicópteros. Mas os esforços para enviar reforços militares foram repelidos pelos rebeldes. A última tentativa, no domingo, terminou quando quatro tanques foram destruídos e os remanescentes de uma coluna militar tiveram de recuar.

Hmood disse que, se os rebeldes tomarem a base e garantirem a estrada, eles poderiam intensificar os esforços para cortar a segunda principal linha de abastecimento de Assad para o norte - a estrada de Latakia para Aleppo, que passa pela cidade de Jisr al-Shughour.

Também houve alguns combates pesados ao longo da fronteira com a Turquia, com algumas rodadas de fogo de armas pesadas caindo em território turco, levando o governo turco a aumentar sua presença militar e o fogo de retorno.

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