• Carregando...

1.º/11Após almoçar com o italiano Mario Scaramella, em um restaurante japonês de Londres, o ex-espião russo Alexander Litvinenko, de 44 anos, começa a se sentir mal.

19/11A Polícia Metropolitana de Londres informa que Litvinenko, que diz ter sido envenenado, está internado, em estado grave. Os médicos acreditam que ele tenha ingerido um substância chamada tálio, usada como veneno de rato.

20/11Alexander Goldfarb, outro ex-espião russo, amigo de Litvinenko, diz que ele foi envenenado por ordens de Moscou. O Kremlin se manifesta, negando a acusação.

23/11Litvinenko morre no hospital, deixando uma carta que culpa o Kremlin por sua morte. Amigos seus continuam acusando Moscou por sua morte, afirmando que, pouco antes de morrer, ele ditou uma carta incriminando Vladimir Putin, presidente da Rússia.

27/11O ministro do Interior do Reino Unido, John Reid, relata ao Parlamento em que pé estão as investigações sobre a morte do ex-espião: a substância que o matou era radioativa, logo não era tálio, mas polônio 210. Indícios de radiação foram encontrados em locais de Londres por onde Litvinenko passou pouco antes de morrer; um desses locas é o escritório do bilionário russo Boris Berezovski.

29/11Vestígios de radiação são encontrados em dois aviões da British Airways que haviam feito recentemente vôos de Londres para Moscou.

30/11John Reid conta que a polícia encontrou traços de radiação em 12 locais de Londres, mas alerta que a população não corre risco.

1º/12O italiano Mario Scaramella é internado; ele também foi contaminado pelo por polônio 210.

4/12Policiais britânicos embarcam para Moscou a fim de interrogar pessoas que tiveram contato com Litvinenko.

7/12Litvinenko é sepultado, em Londres. A agência de notícias russa Interfax informa que Dimitri Kovtun, empresário que também se encontrou com Litvinenko no dia em que ele começou a passar mal, está em coma, por ter sido envenenado com substância radiativa. No dia anterior ele fora interrogado por agentes russos e pela Scotland Yard.

Alexander Litvinenko

O ex-tenente-coronel da FSB, serviço de inteligência russo, tinha 44 anos ao morrer. Crítico do governo de Putin, fugiu para Londres em 2000, dizendo temer por sua vida. Tendo sido condenado à revelia na Rússia por traição, ele obteve cidadania britânica em outubro deste ano.

Mario Scaramella

Italiano que almoçou com Litvinenko no dia em que ele começou a se sentir mal. É professor da Universidade de Nápoles e atua como informante. É suspeito de ter conexões com o serviço secreto russo e teria entregado a Litvinenko documentos sobre o caso do assassinato da jornalista Anna Politkovskaya.

Boris Berezovski

Bilionário russo exilado no Reino Unido, Berezovski confirmou que radiação foi encontrada em seu escritório. Litvinenko, "apadrinhado" de Berezovski, costumava visitar o empresário, que fugiu da Rússia após romper relações com Putin e foi condenado por lavagem de dinheiro.

Anna Politkovskaya

Uma das principais jornalistas investigativas da Rússia, Politkovskaya foi encontrada morta a tiros em Moscou no dia 2 de outubro, no prédio onde morava. Era conhecida por denunciar abusos cometidos pelas tropas russas na Tchetchênia.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]