Luis Caputo, ministro da Economia da Argentina| Foto: EFE/David Fernández
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A redução dos subsídios estatais aos transportes e serviços públicos (eletricidade, água e gás) na Argentina, anunciada nesta terça-feira (12) pelo ministro da Economia, Luis Caputo, será aplicada a partir de 1º de janeiro de 2024, disse nesta quarta-feira (13) o porta-voz da presidência, Manuel Adorni.

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“Essa melhoria de 0,7% (do PIB, em relação ao fechamento de ingressos esperado em 2023) ainda deixa uma parte dos subsídios a ser resolvida em um esquema de tarifas que consideramos, e creio que boa parte dos argentinos também, absolutamente ridículo”, destacou o porta-voz na sua coletiva de imprensa diária na Casa Rosada, sede do Executivo argentino.

Segundo o governo do presidente libertário, Javier Milei, esta medida visa acabar com a “desigualdade” que os subsídios representam entre a Área Metropolitana de Buenos Aires (AMBA, que inclui a Cidade de Buenos Aires e o chamado conurbano ou cinturão metropolitano) e o resto do país.

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Em uma mensagem gravada, o ministro da Economia argentino, Luis Caputo, anunciou nesta terça um pacote de medidas centradas na redução acentuada da despesa do Estado para alcançar o equilíbrio fiscal e cortar pela raiz a emissão monetária, causa da elevada inflação no país, segundo o diagnóstico do novo Executivo.

"Vamos reduzir os subsídios à energia e ao transporte. Hoje, o Estado apoia artificialmente os preços artificialmente baixos das tarifas de energia e transporte por meio de subsídios", disse o ministro da Economia.

Caputo também afirmou que "a política sempre" fez isso "porque dessa forma ela engana as pessoas, fazendo-as acreditar que coloca dinheiro em seus bolsos".

"Mas esses subsídios não são gratuitos, eles são pagos com a inflação", alegou o ministro.

O subsídio ao transporte foi um dos temas mais questionados na última campanha eleitoral, principalmente por políticos do interior do país, como o dissidente peronista Juan Schiaretti, que também concorreu à presidência.

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A capital argentina e o cinturão metropolitano são as duas jurisdições da Argentina onde o preço do bilhete de transporte público é o mais barato do país, com diferenças que quadruplicam em algumas cidades importantes como Rosário ou Córdoba.

As medidas anunciadas por Caputo incluem, entre outras, a não renovação de contratos de trabalho estatais inferiores a um ano, a suspensão da publicidade oficial na imprensa, corte no número de ministérios e secretarias do governo, a redução ao mínimo de repasses do governo nacional para os das províncias e o fim das licitações de obras públicas.

Os anúncios também incluíram uma correção acentuada do câmbio oficial, elevando a taxa de 400 para 800 pesos por dólar americano.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]