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Lizcano, de barba longa, afirmou ter ficado muito doente no cativeiro | Luis Robayo/AFP
Lizcano, de barba longa, afirmou ter ficado muito doente no cativeiro| Foto: Luis Robayo/AFP

Bogotá - O ex-congressista Oscar Tulio Lizcano – encontrado ontem por uma unidade militar quando fugia das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) –, afirmou que escapou com um guerrilheiro do acampamento onde estava. Lizcano havia sido seqüestrado há oito anos.

Inicialmente, autoridades locais e parentes disseram que o político havia sido libertado em uma operação militar. Porém, o próprio ex-parlamentar e o ministro da Defesa, Juan Manuel Santos, esclareceram que tratou-se de uma fuga. Os dois falaram em uma base militar em Cali, a 300 quilômetros a sudoeste da capital, Bogotá.

Segundo Santos, os militares receberam no início do mês informações sobre o paradeiro de Lizcano. Com isso iniciaram uma busca, que coincidiu com a decisão do chefe da unidade rebelde onde estava o ex-parlamentar de que ambos fugissem.

Economista de formação, Lizcano, de 62 anos, estava em uma zona rural da província de Chocó, no oeste do país. Ele foi raptado em agosto de 2000, na vila de Riosucio, província de Caldas, a noroeste da capital. Quando raptado, Lizcano representava o Partido Conservador no Congresso.

Em abril, as Farc divulgaram uma "prova de vida" de Lizcano, um vídeo no qual ele pedia para o presidente venezuelano, Hugo Chávez, trabalhar para tirar os reféns dali, pois eles estariam "apodrecendo na selva".

O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, afirmou que o rebelde que auxiliou na fuga de Lizcano será recompensado. O valor da recompensa não foi informado.

Além disso, Uribe anunciou que o rebelde será transferido para outro país. "O governo francês já nos manifestou que aceita ter Isaias (provável nome do guerrilheiro) na França", afirmou Uribe, em Cali. Paris ofereceu no fim de 2007 abrigo para guerrilheiros colombianos desmobilizados, como um incentivo para que houvesse novas liberações de reféns.

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