Homens inspecionam um prédio que teria sido atingido por um ataque aéreo de forças leais a Bashar al-Assad em Duma, nos arredores de Damasco| Foto: Reuters/Bassam Khabieh

O regime sírio continua bombardeando a periferia de Damasco nesta quinta-feira (22), depois que ontem a oposição denunciasse um suposto ataque com armas químicas que teria causado aproximadamente 1,3 mil mortes na região, assinalaram grupos de ativistas.

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A chamada Comissão Geral da Revolução Síria destacou que os bombardeios ocorrem em Muadamiya e Guta, as mesmas regiões que foram castigadas pelas forças governamentais durante a grande ofensiva de ontem.

A aviação militar também atacou o bairro de Al Qabun, também na periferia de Damasco, apontou a fonte, que, até o momento, não pode confirmar o número de vítimas causadas nos bombardeios de hoje.

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Já os opositores Comitês de Coordenação Local denunciaram fortes bombardeios com artilharia pesada em outros bairros residenciais nos arredores da capital, como Khan Sheikh e Daraya.

Por outro lado, o rebelde Exército Livre Sírio (ELS) tomou o controle de vários postos nas imediações de Damasco, no meio dos combates contra as forças leais ao presidente sírio, Bashar al Assad, agregaram os Comitês.

O regime sírio lançou ontem uma operação sobre os bairros próximos a Damasco, a maioria sob o controle dos rebeldes, e desmentiu que tenha utilizado armas químicas, como denunciou a oposição, inclusive com imagens.

A Coalizão Nacional Síria (CNFROS), a principal aliança opositora, denunciou que pelo menos 1,3 mil pessoas morreram ontem em um suposto ataque com armas químicas na região de Guta e outras áreas nos arredores da capital.

Atualmente, uma missão da ONU se encontra para investigar os três supostos casos de ataques químicos após o acordo alcançado entre o organismo internacional e as autoridades sírias.

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O Conselho de Segurança da ONU foi ontem incapaz de se posicionar de acordo para pedir formalmente uma investigação sobre o suposto ataque químico na periferia de Damasco, voltando a evidenciar sua divisão a respeito ao conflito sírio.

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