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O rei do Bahrein, Hamad al-Khalifa, ordenou neste domingo (08) o fim do estado de emergência imposto em meados de março buscando conter uma onda de protestos antigoverno no país do Golfo, segundo reportou a mídia estatal do país. Segundo a TV, o estado de emergência será encerrado em 1º de junho, conforme o decreto real anunciado hoje.

O anúncio veio à tona poucas horas depois que 21 líderes da oposição e ativistas políticos foram acusados de tentar derrubar a monarquia sunita num tribunal especial de segurança criado pelo estado de emergência, em julgamento a portas fechadas. Os suspeitos - 14 sob custódia e o restante "em ausência" - são acusados de tentar derrubar a dinastia sunita de 200 anos no país e de ter ligações com "uma organização terrorista no exterior, trabalhando para um outro país". Não foram divulgados maiores detalhes sobre a suspeita, mas os líderes do Bahrein acusam o grupo xiita libanês Hizbollah, apoiado pelo Irã, de estar envolvido nos protestos.

A decisão de decretar o fim do estado de emergência parece ser parte da agressiva campanha política internacional do Bahrein para garantir a força de seus mercados financeiros e para voltar a atrair eventos de grande porte, como o Grande Prêmio de Fórmula 1 que foi cancelado em março, em meio a tumultos violentos e protestos da maioria xiita no país.

Pelo menos 30 pessoas foram mortas desde que os xiitas passaram a exigir mais liberdades e direitos, levando suas queixas para as ruas em fevereiro. Embora os protestos tenham sido inspirados por revoltas semelhantes na Tunísia e no Egito, o pequeno Bahrein também possui uma volátil mistura demográfica: os xiitas correspondem a cerca de 70% da população, mas reclamam de discriminação e de serem impedidos chegar a cargos altos no governo e nas forças de segurança. As informações são da Associated Press.

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