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Os governos do Reino Unido, Alemanha e Holanda pediram a seus cidadãos que moram em Benghazi, no leste da Líbia, que abandonem a cidade diante da ameaça de possíveis ataques contra interesses ocidentais. Benghazi, bastião e símbolo dos rebeldes durante a revolta que acabou com a morte de Muamar Kadafi, foi cenário em setembro do ano passado de um ataque contra o consulado americano, que terminou com a morte de quatro americanos, entre eles o embaixador Chris Stevens.

O Ministério de Relações Exteriores do Reino Unido foi o primeiro a pedir, na manhã desta quinta-feira, para que seus cidadãos deixem a cidade diante de uma "ameaça específica e iminente".

"Urgimos a todos os cidadãos britânicos que continuam ali, apesar de nossos conselhos, que deixem o local imediatamente", disse o ministério, em comunicado.

O Ministério de Relações Exteriores da Alemanha não forneceu detalhes do aviso. Já o ministério da Holanda publicou em seu site um comunicado, onde advertia os cidadãos e pedia para que os holandeses não viajassem para certas regiões do país "especialmente Benghazi e a região leste".

Autoridades britânicas destacaram que atualizaram suas "dicas de viagem" para refletir esta nova ameaça, embora desde 2012 já tenham "advertido claramente aos cidadãos para que não viajem à Benghazi ou qualquer parte da Líbia". As exceções são as cidades de Trípoli, Zuara, Zauiya, Al Khums, Zlitan e Misrata, no oeste do país, e populações costeiras do leste entre Ras Lanuf e a fronteira egípcia, onde recomenda viagens apenas "essenciais".

Segundo o ministério, a embaixada britânica em Trípoli, na capital, já está em contato com os britânicos na Líbia para adverti-los a não permanecer em Benghazi.

"Há uma alta probabilidade de ataques terroristas. Os atentados poderiam ser indiscriminados, inclusive em lugares frequentados por expatriados e viajantes estrangeiros", alerta o Ministério das Relações Exteriores em seu site.

Em depoimento na quarta-feira, a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, defendeu sua interferência no ataque ao consulado americano, em Benghazi, em setembro do ano passado. Durante uma audiência no Comitê de Relações Exteriores do Senado, Clinton assumiu toda a responsabilidade pelo incidente e pediu aos membros do comitê para que trabalhem com seu sucessor para responder às novas ameaças no norte da África.

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