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Ativistas argentinos queimam bandeira britânica em Buenos Aires: mobilização dá fôlego ao desgastado governo de Cristina Kirchner | Daniel Vides/AFP
Ativistas argentinos queimam bandeira britânica em Buenos Aires: mobilização dá fôlego ao desgastado governo de Cristina Kirchner| Foto: Daniel Vides/AFP

Diplomacia

Chanceler pede mediação das Nações Unidas

Folhapress, em São Paulo

O chanceler argentino, Jorge Taiana, pediu ontem que o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, interceda a fim de que o Reino Unido cesse os "atos unilaterais" nas Malvinas (que os britânicos chamam Falkland) e aceite negociar a soberania das ilhas. O chanceler acrescentou que também conversou com Ban sobre "a necessidade de cumprir com o que foi solicitado pelas diversas resoluções da Assembleia Geral (da ONU) e do comitê de descolonização com relação às negociações com a Argentina no conflito de soberania das ilhas". "Pedimos para que o secretário-geral transmita ao Reino Unido a necessidade de não cometer mais atos unilaterais", disse Taiana à imprensa após a reunião. "A Argentina está disposta ao diálogo e o Reino Unido se nega."

No mesmo dia em que a As­­sem­­bleia Legislativa das Ilhas Malvi­­nas defendeu o direito à presença britânica no arquipélago do Atlân­­tico Sul, o ministério da Defesa do Reino Unido anunciou que enviará um submarino para aumentar a capacidade de defesa no território que ocupa mas que é contestado pela Argentina. No início da se­­mana, a presidente Cristina Kirch­­ner baixou proibições à na­­vegação em sua costa e portos depois que uma petroleira britânica iniciou perfurações em busca de petróleo ao norte das Mal­­vinas.

De acordo com o jornal inglês The Times, o submarino ainda não chegou ao arquipélago e a fragata britânica HMS York permanecerá nas águas do arquipélago.

No campo diplomático, ainda não houve contatos entre as duas chancelarias porque o Reino Uni­­do aguarda posicionamento da ONU, para onde o governo argentino levou a disputa (leia mais, abaixo). Já o governo dos EUA pediu calma às duas partes e se manteve neutro, apesar de reconhecer a soberania britânica.

Ilhéus

Em Port Stanley, capital das ilhas, as autoridades relativizaram on­­tem as pressões de Cristina para forçar a Grã-Bretanha a negociar a soberania das Malvinas.

Segundo Jan Cheek, parlamentar das Malvinas, é "irônico" o pedido argentino de devolução das ilhas e a insistência em recorrer à Organização das Nações Uni­­das (ONU) com o argumento de que é preciso "descolonizá-las": "O que a Argentina quer é que nos transformemos em colônia sua."

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