Almir Olímpio: professor de matemática voltaria ao Brasil no mês de junho| Foto: Reprodução da tevê

A Reitoria da Universidade de Pernambuco (UPE) informou na manhã desta segunda-feira (6) que vai ajudar no traslado do corpo do professor brasileiro Almir Olímpio Alves, 43 anos, morto na última quinta-feira (2) em um ataque à Associação Cívica Americana de Binghamton, em Nova Iorque, nos Estados Unidos. A decisão foi tomada durante uma reunião entre o reitor da universidade, Carlos Fernando de Araújo Calado, e a viúva de Almir, Márcia Pereira Lins Alves.

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De acordo com o reitor, a instituição vai mediar o diálogo entre a família da vítima e o Ministério das Relações Exteriores. A data para o traslado do corpo de Nova Iorque para o Recife ainda não está definida. O reitor da UPE também determinou luto oficial de três dias na instituição. Nesta segunda-feira, todas as aulas foram suspensas para que professores e alunos possam participar de uma missa em homenagem a Almir.

O professor de matemática era considerado por amigos e familiares um exemplo de superação. Filho de agricultores na zona rural do município de São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife, Almir foi o único dos cinco irmãos que chegou a cursar o ensino superior. Ele acreditava que, com os estudos, poderia ajudar a família. Casados há 17 anos e com um filho, Alan, de 16 anos, Almir vivia no município de Carpina, vizinho ao de Nazaré da Mata.

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O professor foi uma das 13 pessoas assassinadas durante um atentado na cidade de Binghamton, no estado de Nova Iorque, na última sexta-feira. O pernambucano era professor da Faculdade de Formação de Professores de Nazaré da Mata da UPE (FFPNM) e fazia pós-doutorado em Nova Iorque.

A família de Almir Olímpio Alves soube do crime na noite do sábado, por meio de um telefonema de amigos. Apenas na tarde do último domingo, o nome do pernambucano apareceu na lista oficial de vítimas mortas pelo vietnamita Jiverly Woong, 42 anos.

A notícia sobre a morte do pernambucano foi dada pela esposa do co-orientador do pós-doutorado, o professor Pedro Otaneda, que também está em Nova Iorque. De acordo com a viúva do professor, Márcia Alves, Almir Alves estava realizando um sonho ao viajar para os Estados Unidos para fazer o curso.

"Ele dizia que era um sonho, mas que não seria o último porque um pesquisador nunca pode parar de estudar", contou.

Almir Alves estava assistindo a uma aula de inglês no momento em que o vietnamita invadiu a Associação Cívica Americana (American Civic Association), efetuando vários disparos contra as pessoas que estavam no local. Ele teria se suicidado com um tiro na cabeça logo em seguida.

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