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Cannes – O filme 4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias (4 Luni, 3 Saptamini si 2 Zile), do romeno Cristian Mungiu, conquistou neste domingo a Palma de Ouro do 60.º Festival de Cannes. O relato de um aborto ilegal na Romênia nos anos 80 é o primeiro capítulo de "Contos da Idade de Ouro", série realizada a partir de experiências da juventude do diretor.

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A cineasta japonesa Naomi Kawase levou o grande prêmio do júri com O Bosque de Mogari (Nogari no Mori), uma parábola sobre duelo que narra o encontro de dois personagens marcados pela morte. A obra sublime dispensa artifícios narrativos.

O russo Konstantin Lavronenko recebeu o prêmio de melhor ator por Izganie, de Andreï Zviaguintsev. O ator ficou conhecido com O Retorno, primeiro longa de Zvyagintsev. O prêmio de melhor atriz foi para a sul-coreana Jeon Do-yeon, por sua atuação em Secret Sunshine, de seu compatriota Lee Chang-dong.

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As Medusas (Les Méduses), de Etgar Keret, um dos escritores israelenses mais populares de sua geração, obteve a Câmera de Ouro, que recompensa uma obra-prima apresentada em uma das diferentes seções oficiais ou paralelas do festival. O cineasta americano Gus Van Sant foi reconhecido com o prêmio especial do 60.º Aniversário do Festival de Cannes, que coroa a carreira do diretor e o filme Paranoid Park.

O mexicano Carlos Reygadas e a iraniana Marjane Satrapi também receberam o prêmio do júri. Luz Silenciosa, terceiro longa de Reygadas, era o único filme latino-americano presente na competição oficial de Cannes neste ano. Persépolis conta a infância e a adolescência de Marjane Satrapi no Irã da Revolução Islâmica.

O americano Julian Schnabel foi premiado pela melhor direção, por Le Scaphandre et le Papillon, realizado na França. O filme é uma adaptação do livro do jornalista Jean-Dominique Bauby, ditado após ficar tetraplégico.