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O ditador cubano, Miguel Díaz-Canel, em reunião oficial no Palácio da Revolução, em abril de 2022.
O ditador cubano, Miguel Díaz-Canel, em reunião oficial no Palácio da Revolução, em abril de 2022.| Foto: (EPA) EFE

Cuba pode ser palco de rebeliões de magnitude considerável a curto prazo, segundo um relatório do Observatório Cubano de Conflitos (OCC) divulgado na terça-feira (05) e que ressalta que houve 258 protestos no país em junho, onze a mais do que no mesmo mês em 2021.

O documento considera que a possibilidade de "uma ou várias rebeliões de magnitude considerável é extremamente alta no curto prazo, quer ocorram ou não em julho".

O relatório da OCC, um projeto autônomo da sociedade civil apoiado pela Fundação para os Direitos Humanos em Cuba, sediada nos Estados Unidos, destaca que Havana continua a acreditar que, "sem resolver o inferno da vida cotidiana, evitará novas rebeliões cortando as comunicações entre potenciais insubordinados".

Em junho, os protestos motivados pelos direitos econômicos e sociais predominaram pela segunda vez, totalizando 175 (68%), enquanto 83 (32%) se concentraram nos direitos políticos e civis.

A OCC indica que, de fato, o maior aumento foi nos protestos de direitos econômicos e sociais, 62% a mais do que no mês anterior.

O relatório aponta ainda que, desde 11 de julho de 2021, quando Cuba teve os maiores protestos antigovernamentais de sua história recente, o governo "demonstrou, com sua imobilidade, que não entendia que o consentimento popular ao sistema havia sido esgotado".

"Estas circunstâncias, juntamente com a morte repentina do general (Luis Alberto Rodríguez) López-Calleja e a eventualidade cada vez mais próxima da morte do ex-líder Raúl Castro, significam que novos cenários de rebeliões sociais poderão se abrir nos próximos meses", adverte o texto.

O documento diz que as rebeliões poderiam assumir "tons violentos na realidade cubana cada vez mais deteriorada", criando condições para uma ruptura na cadeia de comando do Ministério das Forças Armadas Revolucionárias (Minfar) e do Ministério do Interior (Minint) se houver unidades que se recusem a reprimi-los.

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