| Foto: ad/ch/ADRIAN DENNIS

Um voo da British Airways precisou fazer um pouso de emergência no aeroporto de Heathrow, em Londres, o mais movimentado do Reino Unido, após apresentar fogo em um dos motores.

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O caso chamou a atenção devido à causa do problema: uma confusão feita pelos engenheiros da companhia aérea. Em vez de realizar reparos na aeronave que apresentaria a falha, os técnicos consertaram o avião errado. Eles estavam cansados, de acordo com as informações do jornal britânico “The Independent”.

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Apesar de ter ocorrido no dia 24 de maio de 2013, a comissão responsável por investigar acidentes aéreos (Air Accidents Investigation Branch, AAIB) publicou somente nesta semana um relatório completo sobre o incidente, fazendo uma série de recomendações para evitar que fatos similares voltem a ocorrer.

De acordo com o documento, os técnicos estavam “comprometidos pelo cansaço” devido à quantidade de horas trabalhadas. Na noite anterior ao acidente, os profissionais trabalhavam no reparo da aeronave quando fizeram uma pausa. Ao retornar, porém, confundiram o avião, embora fossem aeronaves de modelos diferentes.

Entre as recomendações está justamente a redução do nível de fadiga dos funcionários. Um dos técnicos da companhia, por exemplo, trabalhou em quatro turnos diurnos de 12 horas e fez oito plantões noturnos, também de 12 horas, nas duas semanas que antecederam o problema. Além dele, um outro funcionário trabalhou em quatro turnos diurnos e seis noturnos no mesmo período.

O relatório apontou também que, além da falha técnica, houve uma série de problemas organizacionais que contribuíram para o problema. De acordo com o documento, passageiros tentaram alertar a equipe da cabine do avião sobre um vazamento no motor direito. O vazamento de combustível era visível pelas janelas do avião.

O relatório completo do incidente, com 150 páginas, foi publicado nesta quarta-feira (15), mas um relatório inicial chegou a ser emitido na época. A companhia aérea British Airways informou que adotou na ocasião “a ação adequada” em conformidade com a recomendação de segurança da AAIB.

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O fogo foi causado por um tubo de combustível perfurado no motor direito e obrigou o comandante a fazer um pouso de emergência. Apesar do susto, ninguém ficou gravemente ferido durante o procedimento. O avião A319 da Airbus apresentou problemas no início de um voo de rotina, com destino a Oslo, capital da Noruega, quando a fumaça surgiu dos motores da aeronave.