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Pelo menos seis civis morreram nesta quarta-feira pela repressão das forças de segurança sírias contra os opositores ao regime de Bashar al Assad na província de Homs (centro), informaram vários grupos de oposição.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos e os Comitês de Coordenação Local documentaram a morte de dois jovens, de 22 e 24 anos, por disparos das forças da ordem durante uma manifestação na em Telbisa e de outras quatro pessoas na cidade de Homs.

Na manifestação de Telbisa, pelo menos três pessoas ficaram feridas pelos disparos.

Os comitês denunciaram que as forças de segurança e vários tanques do Exército foram mobilizados na cidade e lançaram uma campanha de detenções que tem o objetivo de evitar que a população participe de manifestações e dos funerais das vítimas.

Os dois grupos também informaram sobre quatro mortos em Homs, mas não identificaram as vítimas.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos ressaltou que tinha notícia sobre quatro mortos em Homs na madrugada nesta quarta-feira, mas que a interrupção das comunicações impediu a confirmação dessa informação.

Em Homs, palco de uma forte repressão aos protestos contra o regime de Assad, são ouvidas rajadas de metralhadoras no bairro de Al Bayada.

Além disso, no bairro de Bab Sebaa, várias testemunhas informaram sobre seis carros blindados mobilizados, enquanto barreiras e postos de segurança bloqueiam a entrada do bairro.

Os grupos opositores também informaram sobre o funeral de um jovem de 15 anos que morreu baleado pelos corpos de segurança na província de Homs que se transformou em uma grande manifestação da qual milhares de pessoas participaram, incluindo mulheres e crianças.

Por outro lado, na província de Idleb, os ativistas denunciaram a morte de um jovem de 28 anos devido às torturas sofridas em um quartel onde permanecia detido há cerca de uma semana, quando as forças da ordem irromperam na cidade.

O corpo do jovem, com claros sinais de torturas, foi entregue nesta quarta-feira à sua família e milhares de pessoas participaram de seu funeral.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos denunciou também a detenção na noite de terça-feira por parte das forças de segurança de Damasco do ativista e advogado sírio Mohammed Esam Saglul, depois que este participou de uma manifestação na capital e falou sobre ela ao canal de televisão "Al Jazeera".

Além disso, as forças de segurança detiveram nesta madrugada 37 pessoas na cidade de Hersata, na província de Rif Damasco.

Hersata, cujos acessos estão fechados desde a meia-noite de segunda-feira, é alvo de batidas das forças da ordem, que irrompem nas casas, batem nos moradores e destroem os móveis das residências, assim como estabelecimentos comerciais de ativistas.

Além disso, a visita do embaixador americano em Damasco, Robert Ford, à cidade meridional de Jasem na terça-feira gerou polêmica, já que o regime sírio acusa o diplomata de ter informado sobre sua viagem apenas após realizá-la.

Segundo publicou nesta quarta-feira o jornal governamental "Al Watan", as autoridades sírias pediram a Ford, cuja recente visita a Hama também não agradou o Governo sírio, que abandone o país o mais rápido possível.

Apesar da pressão internacional e das novas sanções propostas pelos EUA e pela União Europeia (UE), a repressão dos opositores a Assad continua na Síria, onde desde o início dos protestos em março mais de 2,2 mil pessoas morreram, segundo a ONU.

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