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Os congressistas republicanos deram fim nesta sexta-feira (10) aos planos do presidente americano, Barack Obama, de ignorar o Congresso para fechar a prisão de Guantánamo, seguindo uma promessa que fez quando conquistou a presidência em 2008. "Qualquer ação do presidente para fechar Guantánamo passando por cima do Congresso é formalmente ilegal", advertiu o congressista Mark Meadows no Twitter.

Apesar dos líderes do governo Obama enfatizarem que o presidente segue buscando uma solução legislativa, e evitando ignorar o Congresso por meio de um decreto, figuras do alto escalão do governo indicam que Obama segue "decidido a cumprir sua promessa de fechar Guantánamo", e que analisava todas as opções. A promessa foi feita quando Obama ainda era um candidato, em diversas vezes ele reafirmou seu compromisso, mas esbarrou no Congresso que se nega a aceitar a transferência dos detidos ao território americano. "Nossa posição e nossa política com relação a esse assunto, continuam sendo a busca pelo apoio do Congresso para superar a oposição, que na nossa opinião, é infundada", afirmou o porta-voz do governo, Eric Schultz.

Situada numa base naval na ilha de Cubam a prisão abriga 149 detidos, todos aprisionados após os atentados de 11 de setembro de 2001. 79 deles já foram declarados liberáveis, mas o líder da Câmara, John Boehner afirmou que Obama cometeria um "erro perigoso" se transferisse os detidos para presídios americanos. "A imensa maioria de americanos e representantes de ambos os partidos se opõem à transferência de prisioneiros terroristas de Guantánamo, e ainda assim a Casa Branca segue avançando em seus projetos", afirmou Boehner em um comunicado. "No momento em que jihadistas islâmicos decapitam americanos, a Casa Branca está tão decidida a transferir os terroristas que ameaça ignorar o Congresso e reescrever a lei de maneira unilateral - afirmou Boehner, que classificou a iniciativa como "outro exemplo do legado de ilegalidade que este governo nos deixará".

Forças iraquianas enfraquecidas

O Exército iraquiano está sob forte pressão na província Al-Anbar, mesmo com as atenções mundiais voltadas para a cidade síria de Kobani, onde combatentes curdos tentam impedir a invasão do Estado Islâmico, disseram os oficiais. O grupo tenta tomar a represa estratégica de Haditha, mas os bombardeios da coalizão ajudam as forças do governo iraquiano a resistir aos ataques dos extremistas, afirmou o Departamento de Defesa dos Estados Unidos nesta sexta-feira.

Dezenas de ataques aéreos liderados pelos Estados Unidos nas últimas semanas no oeste do Iraque têm ajudado a combater o Estado Islâmico e a manter a capital Bagdá a salvo, afirmou uma autoridade que pediu para não ser identificada. Mas a situação mostrou como as tropas do Iraque estão longe de serem uma força efetiva e o quanto precisam de treinamento. "Não há comparação entre a capacidade das forças curdas e a do Exército do governo iraquiano. Os curdos estão se movimentando, estão retomando territórios. Já o Exército iraquiano começa uma operação e a interrompe um quilômetro depois", afirmou um oficial sob condição de anonimato.

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