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Os restos de algumas das vítimas dos atentados de 11 de setembro de 2001, que não puderam ser identificados, foram enviados ao necrotério da base da Força Aérea em Dover, onde foram incinerados e jogados em um despejo, revela nesta terça-feira (28) um relatório encomendado pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos.

O secretário de Defesa dos EUA, Leon Panetta, ordenou em novembro passado investigar a gestão do necrotério militar de Dover, local para são enviados os corpos dos soldados mortos no Iraque e no Afeganistão, depois da divulgação de extravio e manipulação indevida de alguns restos.

O relatório revela que alguns fragmentos dos restos mortais de vítimas do 11 de Setembro que morreram no ataque contra o Pentágono e no avião que caiu no campo de Shanksville (Pensilvânia), e que não puderam ser identificados na época, foram enviados em um contêiner a Dover, onde foram queimados e descartados.

Após uma investigação interna, o Pentágono reconheceu no ano passado ter extraviado partes de cadáveres em duas ocasiões em 2009, e ter manipulado indevidamente outros sem consultar as famílias das vítimas. Por isso, Panetta determinou a criação de um comitê para analisar a gestão do necrotério e emitir pareceres.

A revisão, dirigida pelo general reformado John Abizaid, não especificou o número de restos humanos das vítimas do 11 de Setembro que foram eliminados dessa maneira. Segundo o relatório, tratam-se de restos que não puderam ser identificados porque eram pequenos demais ou porque estavam carbonizados e não havia condições para análises de DNA.

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