Revista Time decide homenagear anônimos

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Nova Iorque – "Você" foi eleito como a pessoa do ano pela revista norte-americana Time, em uma homenagem aos milhões de anônimos por sua influência na era global da informação como usuários da internet. O nome do ganhador do prêmio de 2006 ("You", no original em inglês) foi divulgado ontem no site da publicação, que destaca a importância dos internautas em "fundar e estruturar a nova democracia digital".

A Time destaca o enorme crescimento e a influência dos conteúdos on-line gerados pelos usuários em blogs ou sites como YouTube, MySpace e Wikipedia. Somente o popular portal YouTube, adquirido recentemente pelo Google, recebe cerca de 100 milhões de visualizações de vídeos por dia.

Disputa

A cada ano, a escolha da revista é cercada de expectativa, especialmente porque a decisão leva em conta a opinião dos leitores, enviada por cartas e e-mails e ainda apurada no site da publicação.

Os anônimos vencedores deste ano derrotaram candidatos como os presidentes do Irã, Mahmoud Ahmadinejad; da China, Hu Jintao, e da Coréia do Norte, Kim Jong-il. Esta não é a primeira vez que a Time nomeia um coletivo como pessoa do ano, o que já ocorreu em 1966, com a geração de menos de 25 anos, os chamados baby-boomers, e em 1975, com as mulheres norte-americanas, que na época começavam a conquistar maciçamente postos de trabalho considerados intrinsecamente masculinos, especialmente como executivas de grandes esmpresas.

Polêmicas

O ex-prefeito de Nova Iorque, Rudolph Giuliani, foi o laureado em 2001 por ter enfrentado as conseqüências do atentado terrorista que derrubou as torres do World Trade Center e paralizou a cidade de Nova Iorque. Houve quem achasse que o homenageado deveria ter sido Osama bin Laden, já que o critério da revista é escolher "um indivíduo ou grupo de indivíduos que tiveram o maior efeito no noticiário do ano".

A revista elege desde 1927 a pessoa ou as pessoas com maior influência social e entre outros agraciados polêmicos estão Adolf Hitler, em 1938, e o aiatolá iraniano Khomeini, em 1979.