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Manifestantes entraram em confronto com a polícia na principal cidade no sul do Afeganistão, neste domingo, e foram às ruas no turbulento leste do país pela primeira vez, depois que pedidos ocidentais não conseguiram impedir o terceiro dia de fúria sobre a queima do alcorão por um pastor radical da Flórida.

Um policial foi morto a tiros no segundo dia de confrontos na cidade de Kandahar, disse o diretor da saúde provincial, Qayum Pokhla. Dois policiais e 18 civis ficaram feridos nos conflitos, segundo ele.

Em Jalalabad, a maior cidade do leste do país, centenas de pessoas bloquearam a principal rodovia por três horas, gritando paras tropas norte-americanas irem embora, queimando uma efígie do presidente Barack Obama e pisando sobre um desenho de uma bandeira dos EUA.

Mais de mil pessoas juntaram pneus em chamas para bloquear por cerca de uma hora outra estrada na província de Parwan, no leste do país, disse o chefe da polícia provincial Sher Ahmad Maladani.

A violência no país foi desencadeada em razão da queima de um exemplar do alcorão no dia 20 de março numa igreja da Flórida, a mesma cujo pastor tinha ameaçado queimar o livro sagrados dos muçulmanos no ano passado no aniversário dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, provocando indignação em todo o mundo.

Os protestos, que começaram na sexta-feira, parecem ser impulsionados mais amplamente pelo ressentimento que vem sendo construído há anos no Afeganistão, sobre as operações

das forças militares ocidentais, acusadas de matar e maltratar civis, e empreiteiras internacionais que, para muitos, estão enriquecendo e alimentando a corrupção, em detrimento dos afegãos comuns. As informações são da Associated Press.

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