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Santa Helena de Uairén, Venezuela – A despeito das críticas internas e externas à sua pretensa revolução bolivariana, de linha marcantemente socialista, o presidente Hugo Chávez Frias tem levado suas propostas de mudanças estruturais a todos os níveis de ensino da Venezuela. Nos últimos três anos, criou políticas públicas de acesso em massa à universidade e a programas de alfabetização. Nunca se viu no país tamanho interesse pela educação. Um dos primeiros resultados começa aparecer. Chávez está prestes a declarar a Venezuela território livre do analfabetismo.

Quase 1,4 milhão de adultos analfabetos se diplomaram na Missão Robinson I e agora estão aptos a inscrever-se na segunda fase do programa, para completar o ensino fundamental. A Missão Ribas tem mais de 700 mil matriculados para concluir o ensino médio. Já a Missão Sucre tem 300 mil estudantes das camadas pobres matriculados. Só no ano passado 400 mil ingressaram no ensino superior, algo muito próximo de 80% de todos os estudantes universitários existentes no país há sete anos. A metade deles chegou a esse estágio por meio da Missão Sucre.

Exportação

"É melhor uma revolução com educação do que com fuzil", diz a professora Ísis Lorz, coordenadora da Missão Sucre em Santa Helena de Uairén, cidade vizinha a Pacaraima, Roraima. Chávez quer agora "exportar" essa revolução, valendo-se de um acordo de cooperação assinado com Fidel Castro, outro líder de viés socialista. A inclusão de brasileiros nas universidades cubanas não é exatamente uma novidade, mas Chávez aumentará essa integração por meio da Missão Sucre, cujo nome homenageia Antonio José Sucre, um dos heróis da independência sul-americana.

Atualmente, cerca de 600 brasileiros estudam no país de Fidel Castro. Recentemente, 11 militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) concluíram o curso de Medicina na Escola Latino-americana de Ciências Médicas de Cuba. Outros cinco camponeses sem-terra estão matriculados em outros cursos nas universidades cubanas. (MK)

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