A secretária de Estado americana Condoleezza Rice evita responder às acusações contra os EUA feita pelo presidente venezuelano Hugo Chávez porque é precisamente isso o que ele quer, segundo declarações ao jornal New York Post.
"Dedico muito pouco tempo, de vez em quando - se é que dedico -, a responder a Hugo Chávez. Francamente, não há nada que o agrade mais do que fazer com que os Estados Unidos o contestem", afirmou a chanceler.
Rice disse que na última visita à América Latina, o presidente George W. Bush não mencionou o nome do presidente venezuelano e não vai mencionar. "Recebemos informes em que Chávez ficou perguntando: por que será que Bush não menciona meu nome?".
Consultada sobre as ações que pensa em adotar para contra-atacar a política de Chávez, contrária aos interesses dos Estados Unidos na América Latina, Rice afirmou que o que é preciso fazer é "ter uma agenda positiva e não uma agenda anti-Chávez".
Rice também indicou que é contra o plano de dividir o Iraque em três entidades étnicas, conforme aprovado pelo Senado americnao na semana passada.
"Seria um erro. Vocês sabem, o conceito de descentralização e o federalismo se encontram mencionados em sua Constituição. Mas não se pode dividir; não através de redutos étnicos", afirmou.
Na entrevista, Rice também afirmou que quer uma investigação total do caso Blackwater, empresa americana de segurança no Iraque envolvida em tiroteios que mataram civis.
"Fui muito clara a respeito e espero que se investigue o caso", enfatizou.
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