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Porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse que “toda a comunidade internacional está obrigada a condenar este crime horrível”
Porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse que “toda a comunidade internacional está obrigada a condenar este crime horrível”| Foto: EFE/EPA/MAXIM SHIPENKOV

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia apelou nesta sexta-feira (22) à comunidade internacional para que condene o ataque perpetrado por um grupo de homens armados em um centro comercial nos arredores de Moscou.

“Toda a comunidade internacional está obrigada a condenar este crime horrível”, disse María Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores em seu canal no Telegram.

A diplomata destacou que a Rússia tem recebido numerosos telefonemas com condenações firmes ao “ataque sangrento” que ocorreu “diante dos olhos de toda a humanidade”.

O prefeito de Moscou, Sergey Sobyanin, e o Serviço Federal de Segurança (FSB) relataram a morte de várias pessoas no tiroteio ocorrido pouco antes de um concerto de rock na cidade de Krasnogorsk.

“Hoje no (...) Crocus City Hall ocorreu uma terrível tragédia. Minhas condolências às famílias dos mortos”, escreveu Sobyanin em seu canal no Telegram.

Segundo agências russas, no ataque realizado com armas automáticas, morreram ao menos 40 pessoas, às quais se somam mais de cem feridos.

Em vídeos postados no Telegram pelos participantes do show, é possível ver o que parecem ser vários corpos dentro do shopping Crocus City Hall.

Os tiros foram disparados por ao menos três pessoas vestidas com roupas camufladas no centro comercial Crocus City Hall, onde em seguida ocorreu uma explosão e teve início um incêndio, segundo a agência de notícias russa RIA Novosti.

As embaixadas ocidentais na Rússia haviam advertido sobre possíveis ataques terroristas neste país, avisos que o ditador russo, Vladimir Putin, considerou “uma tentativa de intimidar e desestabilizar a nossa sociedade”.

“Permitam-me lembrá-los das declarações recentes e francamente provocativas de várias estruturas oficiais ocidentais sobre a possibilidade de ataques terroristas na Rússia. Tudo isto parece uma chantagem aberta e uma tentativa de intimidar e desestabilizar a nossa sociedade”, disse Putin esta semana durante uma reunião com a equipe sênior do FSB.

Uma semana antes das eleições presidenciais russas, de 15 a 17 de março, várias embaixadas ocidentais alertaram sobre possíveis ataques terroristas na Rússia.

A primeira legação a emitir um alerta aos seus cidadãos foi a representação dos Estados Unidos, que há dois anos também advertiu seus cidadãos sobre a iminência da guerra na Ucrânia poucos dias antes do seu início.

De acordo com uma mensagem no site da embaixada americana, grupos extremistas tinham “planos iminentes para atacar” grandes concentrações de pessoas em território russo nos próximos dias.

A embaixada do Reino Unido também citou esse aviso no seu site e garantiu que estava acompanhando de perto esta informação.

Mais tarde, outras embaixadas, como as de Alemanha, Holanda e Letônia, pediram aos seus cidadãos que tomassem medidas extremas de segurança devido ao risco de ataques na Rússia.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse que Putin está avaliando a situação após o atentado.

“Nos primeiros minutos após o incidente no Crocus City Hall, o presidente foi informado sobre o início do tiroteio. O presidente é constantemente informado por todos os serviços competentes sobre o que está acontecendo e as medidas que estão sendo tomadas. O presidente já deu todas as instruções necessárias”, afirmou.

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