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O Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse que há "sérias dúvidas" de que o Oeste não esteja mirando o líder líbio Muamar Kadafi e a família depois que Trípoli informou que o filho de Kadafi foi morto.

"Os argumentos dos membros da coalizão de que ataques sobre a Líbia não têm como alvo a destruição física de Muamar Kadafi e membros de sua família causam sérias dúvidas", afirmou o ministério, em comunicado, ao pedir que a coalizão ocidental "cesse fogo imediatamente". "Informação de mortes entre civis está sendo recebida em Moscou com preocupação crescente", acrescentou o documento.

O chefe do Comitê de Relações Exteriores da Câmara Baixa do Parlamento russo, Konstantin Kosachyov, condenou o ataque da Otan. "Mais e mais fatos indicam que o objetivo da coalizão é a destruição física de Kadafi", disse ele, ao solicitar que os líderes ocidentais deixem clara a posição sobre os ataques aéreos.

"Estou totalmente perplexo pelo silêncio dos presidentes dos Estados Unidos, França e líderes de outros países ocidentais", acrescentou Kosachyov, em entrevista citada pela agência de notícias Interfax. "Temos o direito de esperar que eles façam uma avaliação imediata, ampla e objetiva das ações da coalizão". O primeiro-ministro, Vladimir Putin, tem criticado duramente os ataques aéreos e acusado a Otan de tentar matar Kadafi. A Rússia se absteve da votação, em março, no Conselho de Segurança da ONU que autorizou o uso da força na Líbia para proteger civis.

Em Bruxelas, a porta-voz da Otan, Carmen Romero, disse que a informação de mortes permanece não confirmada. "Nós miramos um comando militar e um prédio de controle com precisão", disse ela. "Não foi mirado qualquer indivíduo. Foi um alvo militar claramente ligado aos ataques sistemáticos do regime de Kadafi contra a população civil". As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

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