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 | Foto: Romerio Cunha/ Vice PresidênciaFotos Públicas
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Um cidadão americano foi preso em Moscou por suspeita de espionagem, informou nesta segunda-feira (31) o serviço de segurança interna da Rússia, o FSB.

A agência identificou o homem como Paul Whelan. Um processo criminal foi aberto contra ele. 

O Departamento de Estado dos EUA disse ter sido notificado sobre a detenção de um cidadão americano pelo Ministério das Relações Exteriores da Rússia, mas não confirmou o nome nem forneceu mais detalhes, por motivos de privacidade. 

Os EUA solicitaram acesso consular. "Solicitamos esse acesso e esperamos que as autoridades russas o forneçam", disse um porta-voz do Departamento de Estado. 

Pela lei russa, os estrangeiros considerados culpados de espionagem na Rússia enfrentam entre 10 e 20 anos de prisão. 

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"Em 28 de dezembro, funcionários do Serviço de Segurança Federal russo detiveram o cidadão norte-americano Paul Whelan em Moscou durante uma missão de espionagem", informou o FSB, sucessor do serviço da KGB na era soviética, em seu site. Nenhum outro detalhe foi dado. 

A prisão do cidadão norte-americano acontece em momento em que as tensões entre Washington e Moscou continuam aumentando em uma série de questões, desde a interferência nas eleições presidenciais americanas até as crises na Síria e na Ucrânia. 

O presidente Vladimir Putin, em sua saudação de Ano Novo ao presidente Donald Trump, disse que estava aberto a um encontro entre os dois. Trump cancelou uma reunião formal com Putin na cúpula do G-20 em Buenos Aires no início deste mês por causa da tomada pela Rússia de embarcações e tripulações navais ucranianas. 

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"As relações entre Rússia e EUA são o fator mais importante por trás da garantia de estabilidade estratégica e segurança internacional", escreveu Putin a Trump no domingo, em uma das muitas mensagens enviadas aos chefes de estado em todo o mundo. 

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia notificou a embaixada dos Estados Unidos em Moscou sobre a detenção de Whelan, de acordo com o procedimento, informou a agência de notícias Interfax citando autoridades. O ministério disse que seu nome completo era Paul Nicholas Whelan, informou a mídia estatal. 

Ainda em dezembro, a ativista dos direitos das armas russa Maria Butina se declarou culpada de conspirar com um alto funcionário russo para se infiltrar nos círculos conservadores americanos. Butina, de 30 anos, é a primeira russa a ser condenada por tentar influenciar a política dos EUA no período que antecedeu a eleição de 2016, agindo como agente estrangeira. 

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Pouco antes de Butina se declarar culpada, Putin disse que ela não era conhecida por nenhuma de suas agências de espionagem. O Ministério das Relações Exteriores do país fez um grande esforço para retratar Butina como prisioneira política, notavelmente lançando uma ampla campanha nas redes sociais.

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