A Rússia planeja enviar uma delegação parlamentar aos Estados Unidos para pressionar o Congresso a não apoiar a intervenção militar na Síria. Os parlamentares serão consultados após o presidente Barack Obama submeter a decisão sobre a ação armada ao Legislativo.

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Caso aconteça, a intervenção será uma retaliação ao regime de Bashar al-Assad, a quem acusa de ter feito um ataque químico na periferia de Damasco, em 21 de agosto. Para os norte-americanos, a ação deixou 1.429 mortos, sendo 426 crianças. Se confirmado, será o pior incidente com armas químicas em 25 anos.

Os parlamentares deverão avaliar a questão após o fim do recesso, no dia 9. Caso não haja antecipação na data, as tropas do ditador sírio terão uma semana para preparar o terreno e conseguir apoio internacional contra o uso da força, o que pode incluir a participação de aliados, como a Rússia e o Irã.

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O presidente Vladimir Putin disse que a iniciativa, proposta pelos parlamentares, é "muito oportuna e acertada". "Manter um diálogo direto com o Congresso norte-americano sobre o tema sírio será uma contribuição importante nas relações entre Rússia e Estados Unidos".

A presidente da Câmara Alta, Valentina Matviyenko, disse que as duas Casas do Parlamento estão prontas para enviar delegações "para a troca de argumentos". Ela considerou as acusações americanas como "nada, só conversa".

"Esperamos que o Congresso dos EUA adote uma posição de equilíbrio no final, e sem a existência de argumentos fortes... não apoiem a proposta de uso da força na Síria".

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