Soldados ucranianos em posto de Lugansk, na Ucrânia| Foto: Gleb Garanich/Reuters

Rússia culpa Kiev por queda do voo MH17

Folhapress

O ministro da Defesa da Rússia, Serguei Shoigu, atribuiu a Kiev "toda a responsabilidade" pela queda do Boeing da Malaysia Airlines, já que a tragédia ocorreu em território ucraniano.

"A catástrofe aconteceu no espaço aéreo da Ucrânia, que tem toda a responsabilidade sobre o que aconteceu", declarou o ministro durante uma reunião em Moscou com o colega malasiano, Hishamudin Husein.

"Se a Ucrânia não tivesse decidido resolver seus problemas internos recorrendo às Forças Armadas (...), artilharia pesada, incluindo mísseis e a aviação, estou convencido de que essa tragédia não teria acontecido", disse.

O avião caiu no dia 17 de julho no leste da Ucrânia, região de confrontos armados entre o Exército ucraniano e separatistas.

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O presidente ucraniano Petro Poroshenko disse ontem que a Rússia retirou a maior parte de suas tropas do leste da Ucrânia, elevando as expectativas de que o acordo de paz será respeitado.

A declaração foi feita durante uma reunião de gabinete em Kiev, na qual Poroshenko declarou que relatórios de inteligência confirmaram a saída de 70% das tropas russas da região leste do país.

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Segundo autoridades ucranianas e ocidentais, havia milhares de soldados russos na região, que foram responsáveis pelo grande número de baixas ucranianas nos campos de batalha no mês passado.

A Rússia nega que tenha sequer enviado tropas para a Ucrânia, embora reconheça que "voluntários" russos tenham se unido aos combates.

"Isso representa uma grande esperança de que as iniciativas de paz têm boas perspectivas", disse Poroshenko.

Até ontem, não havia reação ocidental à declaração de Poroshenko sobre a saída dos soldados. Autoridades da União Europeia (UE) ainda discutiam como proceder em relação às novas sanções aprovadas na segunda-feira, cuja data de implementação foi deixada em aberto.

Drones

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A Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) utilizará em breve drones como parte dos esforços para aumentar o monitoramento do cessar-fogo na Ucrânia, declarou ontem o chefe da entidade e presidente da Suíça, Didier Burkhalter. Ele classificou o cessar-fogo em território ucraniano de uma "oportunidade real" e disse que deve ser dado tempo para o início de um diálogo político antes que mais sanções sejam impostas à Rússia.