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Ana Paula Maciel, em foto de 29 de setembro, segura livro em que se lê: “Salve o Ártico” | Dmitri Sharomov (Greenpeace)/Reuters
Ana Paula Maciel, em foto de 29 de setembro, segura livro em que se lê: “Salve o Ártico”| Foto: Dmitri Sharomov (Greenpeace)/Reuters

Greenpeace luta por uma causa pública

Advogado no ramo de Direi­­to Marítimo, Tiago Za­­nella sustenta que o caso dos ativistas do Greenpeace detidos na Rússia não pode ser enquadrado como pirataria. De acordo com ele, as leis qualificam como crime dessa natureza apenas os atos de violência que tenham por objetivo satisfazer fins privados. "Em nenhum momento os integrantes do grupo buscaram satisfazer interesses privados – pelo contrário, a ONG luta por uma causa pública: a preservação do meio ambiente", afirmou Zanella em artigo publicado neste jornal no último dia 25. No domingo que vem, a Gazeta do Povo publica reportagem sobre a situação enfrentada pelos ativistas na Rússia.

Da Redação

  • Navio Arctic Sunrise foi ocupado pela guarda-costeira russa em águas internacionais

A promotoria russa apresentou ontem a acusação formal de pirataria contra a bióloga brasileira Ana Paula Maciel, detida na Rússia desde o dia 19 de setembro. Em caso de condenação, a pena para o crime pode resultar em prisão de 10 a 15 anos.

Além de Ana Paula, o cinegrafista britânico Kieron Bryan, contratado pelo Green­­peace Internacional, e outros três ativistas teriam sido denunciados formalmente pelo mesmo delito. Nos próximos dias, os promotores devem apresentar acusações contra os demais do grupo.

No dia 19 de setembro, 28 ativistas e dois jornalistas (um fotógrafo e um cinegrafista contratados pelo grupo) foram presos na Rússia após um protesto contra a exploração de petróleo no mar de Pécora, no Ártico. Todos estavam a bordo do navio Arctic Sunrise, que foi ocupado pela guarda costeira russa em águas internacionais, segundo a organização ambientalista.

"A acusação de pirataria está sendo lançada contra homens e mulheres cujo único crime é a posse da consciência. Isso é ultrajante e representa nada menos do que um ataque ao direito fundamental de protesto pacífico", disse em um comunicado oficial o diretor do Greenpeace Internacional, Kumi Naidoo. Ele classificou a acusação como "absurda e abominável".

O grupo está trabalhando com a possibilidade de que os ativistas respondam ao processo em liberdade. Para isso, já está sendo providenciada residência fixa na Rússia para os 28 militantes do Greenpeace. Por hora, Rosângela, a mãe de Ana Paula, descartou viajar ao país para tentar visitar a filha.

31 anos tem a bióloga brasileira Ana Paula Maciel, presa em Moscou depois de uma ação organizada pelo Greenpeace numa plataforma de petróleo da Rússia.

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