Integrantes do grupo anti-Kremlin Legião para a Liberdade da Rússia, em coletiva de imprensa em Kiev em março| Foto: EFE/EPA/SERGEY DOLZHENKO
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A Justiça da Rússia condenou nesta quarta-feira (10) a nove anos de prisão dois russos que tentaram juntar-se à Legião para a Liberdade da Rússia, grupo formado por voluntários russos que combatem nas fileiras do Exército da Ucrânia.

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Vsevolod Kulikov, de 19 anos, residente da região russa de Lipetsk, tentou ingressar na legião em outubro de 2022, quando ainda era menor de idade, segundo informou o portal Mediazona.

De acordo com a acusação, Kulikov foi preso antes que pudesse sabotar a pista de pouso de um campo de aviação militar em Lipetsk, por ordem dos comandantes da legião.

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Posteriormente, escreveu uma carta quando estava em prisão preventiva na qual afirmava ter sido vítima de tortura, razão pela qual confessou ter praticado atos que, na realidade, nunca cometeu.

Já Viacheslav Kuznetsov, natural da República do Tartaristão, tentou cruzar a fronteira em maio e em junho de 2023 para participar das atividades da Legião.

Kuznetsov, 36 anos, foi preso na segunda tentativa, após a qual o tribunal o considerou culpado de tentar ingressar em uma organização terrorista.

Ambos foram condenados por tentativa de alta traição através de deserção a favor do inimigo, em referência à Ucrânia.

A Legião e outros grupos de voluntários russos, como o Corpo de Voluntários Russos e o Batalhão Siberiano, realizaram vários ataques nas regiões fronteiriças de Belgorod e Kursk durante a campanha presidencial russa em março.

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O Kremlin considera todas elas organizações terroristas e o ditador Vladimir Putin ordenou aos serviços de segurança que perseguissem os seus membros “sem prazo de prescrição”.

Por sua vez, alguns líderes da oposição no exílio fizeram um apelo aos russos para que apoiassem a resistência armada dos seus compatriotas contra o Kremlin.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]