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Saddam Hussein e seus advogados deixaram neste domingo o tribunal em Bagdá onde o ex-ditador e mais sete réus são julgados pelo assassinato de mais de cem pessoas. A sessão acabou em caos quando os guardas retiraram da sala um dos acusados, um meio-irmão de Saddam, quando ele xingou o tribunal. Em seguida, o juiz expulsou um dos advogados e o próprio ex- líder iraquiano decidiu abandonar a corte, aos gritos.

O novo juiz, o curdo Raouf Abdel Rahman, o substituto de Rizgar Amin, que renunciou em protesto a uma suposta interferência do governo, quis mostrar que mantinha controle da corte, mas a primeira sessão de julgamento iniciada em um mês começou a se tornar caótica 15 minutos após seu início.

O meio irmão de Saddam Barzan Ibrahim Al-Tikrit foi expulso ao usar palavras de baixo calão para protestar contra o tribunal, que segundo ele usa métodos militares contra civis.

Saddam tentou defender o irmão dizendo que qualquer acusado pode expor seus pontos de vista. Ao ser repreendido pelo juiz, disse que sairia. O juiz, então, determinou que saísse.

O julgamento, que prosseguiu apesar do caos, já havia sido adiado na última semana por falta de testemunhas. A Corte já havia sofrido outros adiamentos, entre outros motivos por causa das mudanças na presidência do juri.

Após a renúncia de Amin, o tribunal escolheu o juiz Sayeed al-Hamashi para substituí-lo, mas seu nome e de outros 19 juízes foram vetados semana passada por suspeita de ligação com o partido Baath, de Saddam Hussein. Hamashi negou as acusações mas o tribunal decidiu escolher o curdo Raouf Abdel Rahman, um novo magistrado para o caso. Rahman já exercia a função de juiz durante o regime de Saddam Hussein.

O julgamento pelo massacre de 148 xiitas na cidade de Dujail começou em 19 de outubro do ano passado.

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