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O presidente eleito da Colômbia, Juan Manuel Santos, disse na quarta-feira que convidou o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, para assistir à sua posse, em 7 de agosto, o que seria um novo sinal de reaproximação entre os dois governos após anos de conflitos.

O socialista Chávez já havia dito que não teria problemas em encontrar o novo presidente colombiano e apertar sua mão, apesar das diferenças ideológicas que os separam.

O atual presidente da Colômbia, o conservador Álvaro Uribe, "padrinho" político de Santos, criticou o convite, dizendo que "a diplomacia colombiana não deveria regressar às aparências hipócritas."

"Esse tema não é de cosmética, nem de relações de aparências, aqui o que se precisa é de um compromisso para que em lugar algum se possa abrigar o terrorismo, esse é o tema de fundo," afirmou Uribe.

Uribe já criticou em várias ocasiões a suposta leniência de Chávez com infiltrações da guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em território vizinho.

Na época em que era ministro da Defesa de Uribe, e depois como candidato a presidente, Santos teve vários atritos verbais com Chávez. Na quarta-feira, porém, disse a jornalistas em Londres: "Estou muito satisfeito com as declarações do presidente Chávez. Tomara que ele também possa assistir à posse, seria uma grande notícia."

As relações entre Colômbia e Venezuela estão congeladas desde o ano passado, por iniciativa de Chávez, em retaliação a um novo acordo militar entre Bogotá e Washington, que o presidente venezuelano vê como uma ameaça à sua soberania.

A Colômbia também tem relações complicadas com o Equador, mas os dois países estão tentando se reaproximar, após o rompimento causado por uma ação militar colombiana contra as Farc em território equatoriano, em 2008.

Em visita à Europa, Santos celebrou também a confirmação de que o presidente do Equador, Rafael Correa, assistirá à sua posse.

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