O presidente francês, Nicolas Sarkozy, rejeitou as acusações de que o ex-líder líbio Muamar Kadafi tentou financiar sua campanha eleitoral em 2007, qualificando essa denúncia como um complô de seus opositores socialistas para desviar a atenção da reaparição pública do ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn.

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Faltando apenas uma semana para o decisivo segundo turno da eleição presidencial, em 6 de maio, o website investigativo Mediapart informou ter descoberto um documento do serviço secreto de Kadafi, o qual mostra que o governo dele havia decidido financiar a campanha de Sarkozy à Presidência.

Sarkozy, que na época era ministro do Interior, vem negando repetidamente que recebeu dinheiro de Kadafi. O governo Sarkozy teve papel crucial na derrubada de Gaddafi, que foi capturado e morto por combatentes do Exército Nacional de Libertação Líbio, no ano passado.

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Em entrevista a um jornal, o presidente francês afirmou que os socialistas estão usando o relatório do serviço secreto de Gaddafi como uma tentativa de desviar a atenção do ressurgimento de Strauss-Kahn, que era o favorito para a indicação do partido à eleição presidencial antes de ter sido preso em maio por acusações de abuso sexual a uma camareira de um hotel de Nova York.

Em uma entrevista publicada no londrino Guardian de sexta-feira, Strauss-Kahn teria dito que, embora não acredite que seu oponente tenha criado o encontro com a camareira Nafissatou Diallo, ele acha que pessoas ligadas a Sarkozy desempenharam um papel em garantir que ela fosse até a polícia, provocando um grande escândalo internacional.

"Veja que esta é uma tentativa de criar uma distração após o retorno à vida pública de Strauss-Kahn", disse Sarkozy ao Le Parisien-Dimanche. "Eles não querem que ninguém se lembre que queriam transformá-lo no próximo presidente da república francesa."

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