O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, recebeu hoje apoio para sua nova estratégia de guerra no Afeganistão de seu colega francês, Nicolas Sarkozy.

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Os dois participam de um jantar de líderes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na cidade alemã de Baden-Baden.

Os líderes da Otan relutam em enviar mais tropas para o conflito no território afegão. Obama, porém, anunciou um plano de enviar mais 21 mil tropas norte-americanas, somando-se aos 38 mil soldados dos EUA já no país. Os europeus se mostram mais entusiasmados em aumentar o auxílio humanitário e de desenvolvimento que em enviar mais soldados.

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"Nós endossamos e apoiamos totalmente a nova estratégia norte-americana no Afeganistão", disse Sarkozy durante entrevista coletiva conjunta, após reunir-se com Obama. A França contribuirá com a nova abordagem norte-americana, com o apoio ao desenvolvimento e treinando mais policiais, segundo Sarkozy.

A habilidade da Otan de obter sucesso no Afeganistão será vista como um teste crucial para o poder e a relevância da aliança. O apoio de Sarkozy é bastante importante para Obama, que apresentará formalmente sua nova estratégia aos chefes de governo da Otan, aliança com 28 membros, durante o jantar.

Na entrevista, Obama descreveu a Otan como "a mais bem-sucedida aliança na história moderna". Também apontou que os EUA querem ver a Europa desenvolver suas capacidades militares. Outro tema a ser tratado nos dois dias de encontro é a Rússia. A administração Obama trabalha para reativar as relações com Moscou, abaladas desde a guerra entre Rússia e Geórgia, em agosto passado.

Obama disse que há "grande potencial" para a melhoria dos laços. Mas advertiu que a Rússia não poderia voltar a seus "velhos modos". Espera-se que a Otan normalize as relações com Moscou. Os líderes também devem anunciar quem será o novo secretário-geral da Otan.

O mandato do atual, do diplomata holandês Jaap de Hoop Scheffer, termina em 1º de agosto. O favorito para o posto é o primeiro-ministro dinamarquês, Anders Fogh Rasmussen, apesar das ressalvas da Turquia. Rasmussen enfureceu muitos muçulmanos ao defender a liberdade de expressão durante a controvérsia causada por cartuns sobre o profeta Maomé publicados em jornais da Dinamarca em 2006. Um porta-voz do Partido Liberal, de Rasmussen, confirmou que ele era candidato.

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