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Sarkozy e Carla Bruni deixam a cabine de votação | Reuters
Sarkozy e Carla Bruni deixam a cabine de votação| Foto: Reuters

Economia pode impedir reeleição de Sarkozy

Em uma disputa pautada tanto pela insatisfação com o estilo espalhafatoso de Sarkozy e sua incapacidade de reduzir o desemprego quanto por diferenças políticas, o mandatário e seu rival socialista François Hollande devem derrotar oito outros candidatos para ir ao segundo turno em 6 de maio, no qual pesquisas dão uma vantagem de dois dígitos para Hollande.

Hollande, de 57 anos, promete cortes de gastos menos dramáticos que Sarkozy e quer maiores impostos sobre os ricos para financiar a criação de empregos com ajuda do Estado, especialmente um imposto de 75 por cento sobre rendimentos acima de um milhão de euros.

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O atual presidente Nicolas Sarkozy e o candidato socialista François Hollande votaram neste domingo de manhã no primeiro turno da eleição presidencial francesa.

Nicolas Sarkozy, que concorre a um segundo mandato de cinco anos, votou no seleto XVI distrito de Paris na companhia de sua esposa Carla Bruni, enquanto Hollande cumpriu com seu dever eleitoral na cidade de Tulle, centro da França, junto com sua companheira Valérie Trierweiler.

Sarkozy, que votou logo depois de sua mulher, deixou o centro de votação sem dar declarações, limitando-se a cumprimentar seus partidários que o aguardavam na rua.

Já François Hollande saudou as pessoas presentes na mesa de votação e depois iniciou um giro pelos outros centros eleitorais da cidade.

"Estou atento, mobilizado. O dia que começa vai ser um longo momento. É um momento importante", declarou Hollande depois de votar às 10h10 (05h10 de Brasília) na escola Marie Laurent de Tulle.

À tarde, Hollande irá ao seu gabinete do Conselho Geral do Departamento de Correze, onde vai esperar pela divulgação dos resultados do primeiro turno.

Até o meio-dia, todos os candidatos tinham cumprido com seu dever eleitoral.

O candidato da Frente de Esquerda, Jean-Luc Melenchon, revelação da campanha eleitoral, votou em Paris, e o operário Philippe Poutou, candidato anticapitalista, fez o mesmo em Bordeaux, oeste da França.

A candidata de extrema direita Marine Le Pen, que disputa com Jean-Luc Melenchon o terceiro lugar atrás de Hollande e do atual presidente, Nicolas Sarkozy, votou em seu reduto de Henin-Beaumont, norte da França.

O candidato centrista François Bayrou votou na cidade de Pau, sudoeste da França, sua região natal.

"É um dia muito importante. A eleição presidencial é decidida no primeiro turno, pois a grande maioria dos franceses ainda não sabe em quem votar", disse Bayrou depois de votar.

A candidata troskista Nathalie Arthaud votou no subúrbio de Lyon; e a ecologista Eva Joly, em Paris.

Os franceses acordaram hoje com apelos ao voto na imprensa escrita, com manchetes como "Por que votar?" que o "Journal du Dimanche" usou em sua capa.

A abstenção continua sendo uma das grandes incógnitas do primeiro turno, depois que pesquisas realizadas durante a campanha anteciparam que ela será maior que em 2007 (16,2%), e pode inclusive superar o recorde de 2002 (28,4%).

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