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O presidente francês, Nicolas Sarkozy, rejeitou as acusações de Dominique Strauss-Kahn que relançaram a tese de uma conspiração política no caso Sofitel de Nova York, pedindo que "dê explicações à justiça" e se cale.

"Eu respeito profundamente a presunção da inocência, mas quando se é acusado do que ele é acusado e quando se tem um mínimo de dignidade, deve-se ter o pudor de se calar e de não aumentar a indignidade", declarou diante de milhares de partidários.

"Quando penso que durante todos os episódios escandalosos, vergonhosos, de Nova York, de Lille, do Carlton, do Pas-de-Calais, foi uma questão de honra para a direita republicana e para o centro não se intrometer, não utilizar, tapar o nariz, não comentar, porque comentar essas indignidades, era receber um pouco delas", acrescentou o candidato do UMP.

"Mas quando, em plena campanha eleitoral, (...) Strauss-Kahn tenta dar lições de moral e dizer que eu sou o único responsável por tudo o que aconteceu com ele, é demais, é demais!", atacou Nicolas Sarkozy.

"François Hollande pediu a ajuda de um apoio moral de peso, Dominique Strauss Kahn. Só faltava ele, e a família está completa", ironizou.

Em uma entrevista concedida ao jornal britânico The Guardian, DSK acusou seus adversários de terem acabado com sua candidatura à eleição presidencial, explorando o caso do Sofitel de Nova York.

"Eu não acreditava simplesmente que eles iriam tão longe (...), Não pensei que eles pudessem encontrar qualquer coisa capaz de me parar", declarou DSK, referindo-se aos assessores do presidente Nicolas Sarkozy.

O jornalista americano Edward Jay Epstein, que entrevistou DSK para o The Guardian, afirmou que DSK "tinha se tornado o principal 'alvo' dos serviços franceses em fevereiro e em março de 2011". "Eles monitoraram seus movimentos", disse o jornalista americano.

Aos 62 anos, DSK estava prestes a se tornar o principal adversário esquerdista de Nicolas Sarkozy na eleição presidencial, quando as acusações de estupro feitas por Nafissatou Diallo, uma camareira de um hotel de Manhattan, atormentaram sua vida e causaram a sua prisão em Nova York no dia 14 de maio de 2011.

DSK foi beneficiado pelo arquivamento de uma ação em agosto de 2011 em Nova York, mas o caso, que é mantido na justiça civil, trouxe à tona uma faceta obscura de sua personalidade: sua relação com as mulheres, "no limite do assédio", segundo testemunhas.

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