Londres (AFP) Em uma mesquita de Londres, o chefe da Scotland Yard, Ian Blair, conclamou ontem os muçulmanos britânicos a se comprometerem na luta contra o terrorismo, depois dos atentados de Londres, ao admitir que nem a polícia nem os serviços de inteligência poderão vencer sozinhos esse inimigo. O titular do Conselho Muçulmano Britânico, Iqbal Sacranie, admitiu a parte de responsabilidade de sua comunidade nos ataques, em especial a falta de medidas ante "a retórica e a mensagem de ódio" proferidas pelos setores extremistas do Islã. "Chegou o momento de as comunidades muçulmanas, com boa vontade, passarem da situação atual de comoção e incredulidade a um compromisso ativo contra o terrorismo", declarou o chefe de Scotland Yard em pronunciamento na mesquita de Forest Gate, em Londres. Segundo ele, os atentados de 7 de julho que deixaram 54 mortos e 700 feridos "representam uma perversão dos valores do islã, um ato criminoso", afirmou. "Não há nada de mau em ser fundamentalista muçulmano, judeu ou cristão. O risco a evitar é a passagem para o extremismo", advertiu.
A comunidade muçulmana tem estado no centro do debate depois dos atentados de Londres e mais de 300 ataques ou agressões contra ela foram denunciados desde o dia 7 de julho. Como parte da proposta de maior participação dessa comunidade na luta contra o terrorismo, a Scotland Yard fez um apelo para que mais muçulmanos prestem concurso para entrar na polícia.
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