Os seguidores do deposto presidente egípcio Mohammed Mursi voltarão às ruas nesta terça-feira após a morte de pelo menos 54 pessoas na segunda-feira (8), a maioria de islamitas, em frente à sede da Guarda Republicana no Cairo.
Grupos islamitas convocaram para novas concentrações na Praça Rabea al Adauiya, situada no leste da capital egípcia, em protesto pelos fatos registrado na véspera, os quais foram qualificados como um "massacre" pela Irmandade Muçulmana.
O "massacre" em questão se refere ao assassinato de mais de 50 pessoas, incluindo muitos manifestantes pacíficos, registrado ontem pelas Forças Armadas, que "seguem o exemplo de Bashar al Assad e querer levar o Egito ao mesmo destino que da Síria para tomar o poder".
O presidente interino egípcio, Adly Mansour, colocado pelos militares em substituição do islamita Mohammed Mursi, formou uma comissão judicial para investigar de urgência esse confuso e preocupante incidente.
Segundo o Exército, suas forças responderam a um ataque de desconhecidos com armas de fogo.
Há algumas horas, Mansour emitiu uma declaração constitucional que estipula a realização de eleições parlamentares, previstas para serem realizadas no início de 2014, antes do pleito presidencial.
A declaração constitucional sinta as bases do período transitório, que contempla também uma reforma da atual Constituição - suspensa pelos militares -, que será submetida a um referendo antes das legislativas.
No último dia 3 de julho, após os grandes protestos que defendiam a renúncia de Mursi, as Forças Armadas depuseram o até então único presidente eleito democraticamente no país e designaram Mansour como presidente interino, encarregado de convocar e supervisionar o próximo pleito.
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