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investigação

Segundo laboratório britânico, não há provas de que veneno foi produzido na Rússia

As investigações mostram que o agente usado no envenenamento do ex-espião russo requer "métodos extremamente sofisticados para ser criado, e que, provavelmente, apenas um ator estatal poderia fazê-lo”

Não há como dizer qual a fonte exata do agente que envenevou o ex-espião russo, de acordo com o diretor do laboratório britânico | BEN STANSALL/AFP
Não há como dizer qual a fonte exata do agente que envenevou o ex-espião russo, de acordo com o diretor do laboratório britânico (Foto: BEN STANSALL/AFP)

O chefe do centro de pesquisa militar do Reino Unido que investigou o agente neurotóxico que envenenou um ex-espião no mês passado disse nesta terça-feira (3) que não foi possível provar que a substância tenha sido produzida na Rússia.  

"Fomos capazes de identificá-lo como Novitchok e identificar que é um agente neurotóxico de grau militar", afirmou Gary Aitkenhead, executivo chefe do Laboratório de Ciência e Tecnologia de Defesa em Porton Down, na Inglaterra, ao canal Sky News.  

"Não identificamos a fonte precisa, mas demos as informações científicas ao governo, que usou então um número de outras fontes para chegar às conclusões a que chegaram."  

Leia também: O terrível e recorrente histórico dos assassinatos de dissidentes russos ao redor do mundo

Aitkenhead afirmou ainda que a substância requer "métodos extremamente sofisticados para ser criada, provavelmente apenas nas capacidades de um ator estatal". Mas descartou que tenha sido produzida por algum laboratório britânico.  

O Reino Unido acusa a Rússia de ter produzido o agente e de ter envenenado o ex-espião russo Serguei Skripal e sua filha, Iulia, em Salisbury, na Inglaterra.  

Moscou nega estar por trás do ataque, ocorrido no dia 4 de março.  

O caso acabou se tornando uma crise diplomática no mundo ocidental. Em apoio ao Reino Unido, os EUA e vários países europeus expulsaram diplomatas russos. Moscou respondeu com reciprocidade às ações.

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