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Bagdá – A explosão consecutiva de seis carros-bomba em Sadr City, região considerada bastião da milícia xiita em Bagdá, matou 133 pessoas ontem, informou o Ministério do Interior.

Os ataques estão entre os maiores já registrados desde a invasão do Iraque, em 2003. Por isso, as autoridades decretaram toque de recolher na capital iraquiana. Além dos mortos, outras 201 pessoas ficaram feridas nos atentados. Segundo o Ministério iraquiano da Saúde, o número de vítimas ainda deve subir.

A explosão coordenada dos seis carros-bomba com cerca de 100 quilos de explosivos em seu interior ocorreram em diferentes partes de Sadr City, destruindo ruas e veículos e deixando marcas de sangue, em um dos piores ataques em Bagdá neste mês. Um dos carros-bomba foi detonado em frente a um mercado lotado.

Os ataques em série ocorreram pouco depois que cerca de 30 homens armados atacaram o Ministério da Saúde do Iraque, na região central de Bagdá, com morteiros e armas de fogo.

Pouco depois dos ataques coordenados, dezenas de morteiros atingiram a região vizinha de Adhamiya, que é sunita. O ministério não informou se há vítimas nesta área.

Tiros

Também em Sadr City, soldados norte-americanos que buscavam um oficial dos EUA seqüestrado atiraram ontem contra um microônibus e mataram quatro passageiros, segundo testemunhas e policiais iraquianos.

O coronel Christopher Garver, porta-voz do Exército, disse que o veículo ignorou sinais e tiros de advertência dos soldados, que haviam bloqueado a área enquanto realizavam a operação de busca no bairro.O coronel afirmou que cinco suspeitos foram detidos na operação, mas não confirmou o número de mortes.

Moradores de Sadr City afirmaram que os passageiros do microônibus eram trabalhadores e não militantes. Os quatro mortos, segundo imagens da mídia local, eram três homens jovens e um homem de idade avançada. Outras oito pessoas ficaram feridas pelos disparos de metralhadoras dos soldados americanos contra o veículo, segundo testemunhas.

ONU

O número de mortes entre civis no Iraque em um mês atingiu um nível recorde em outubro com 3.709 pessoas mortas, segundo um relatório da ONU divulgado na quarta-feira. Oficiais da organização apontaram o aumento da influência das milícias armadas e dos casos de tortura, "apesar do compromisso do governo em coibir os abusos", como um dos fatores principais para o elevado número de assassinatos.

O relatório aponta que a violência sectária é, aparentemente, a principal causa da violência. O documento levou em conta dados do ministério iraquiano da Saúde, de hospitais em todo o país e do Instituto Médico-Legal de Bagdá.

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