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Kiev – O presidente da Ucrânia, Viktor Yush-chenko, e o primeiro-ministro, Viktor Yanukovych, encontraram-se ontem para tentar resolver a crise política que paralisa o país. A reunião no gabinete presidencial durou quatro horas e terminou como começou: com um impasse. Yanukovych saiu dizendo que a ordem de dissolver o Parlamento, dada na segunda-feira pelo presidente, foi um "erro fatal". Yushchenko respondeu. "Uma ordem do presidente deve ser acatada".

A rivalidade entre os dois começou nas eleições presidenciais de 2004. Durante a campanha, Yushchenko foi envenenado com dioxina e teve o rosto desfigurado. Yanukovych venceu, mas a população saiu às ruas, acusando-o de fraude. A campanha que conduziu Yushchenko ao poder ficou conhecida como "Revolução Laranja", cor usada pelos partidários do novo presidente.

A revolução parecia o fim de Yanukovych, mas a corrupção endêmica, a inflação e o baixo desempenho econômico transformaram o humor dos ucranianos. Assim, Yanukovych retornou em grande estilo nas eleições parlamentares de 2006, sendo indicado primeiro-ministro. Desde então, o premiê tem usado de todos os meios para ampliar sua maioria no Parlamento. De 450 deputados, Yanukovych já teria 255. Se conseguir 300, ele poderia mudar a Constituição e tornar-se o governante de fato do país.

Quando 11 deputados do governo mudaram de lado, no mês passado, a crise atual foi detonada. Yushchenko acusa o rival de aliciar deputados. De acordo com ele, a Constituição só permite a ampliação de uma coalizão por meio da adesão de partidos, e não de deputados individualmente.

Ontem, o clima na capital Kiev lembrava os dias tensos da Revolução Laranja. Milhares de partidários de Yanukovych, simpatizante da Rússia, foram às ruas segurando bandeiras azuis e vermelhas.

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