O presidente do Líbano, de tendência pró-Síria, disse na quinta-feira que vai nomear um governo interino chefiado pelo comandante do Exército se os líderes do governo libanês não chegarem ao nome de um chefe de Estado antes do fim de seu mandato em novembro.
A declaração do presidente Emile Lahoud levou o profundo conflito político que abala o Líbano a um novo patamar. Em lados opostos estão o governo anti-Síria, que conta com o apoio dos Estados Unidos, e uma coalizão oposicionista que inclui facções aliadas à Síria e ao Irã.
Se Lahoud cumprir a promessa, o resultado poderia ser a criação de dois governos, se o comandante do Exército, Michel Suleiman, aceitar o cargo, disseram analistas. Suleiman não havia comentado a proposta.
"O governo que continua aí e que é inconstitucional ... não pode assumir o poder se a eleição de um presidente da República não for possível", disse Lahoud, referindo-se ao gabinete do premiê Fouad Siniora.
O presidente tem de ser eleito pelo Parlamento, com um quórum de dois terços, disse Lahoud. "Se isso não acontecer... o líder do Exército assumirá a chefia do governo por um período interino, com a missão clara de estabelecer uma lei eleitoral que seja aceitável para todos", disse ele numa nota.
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