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Washington – Um plano do Partido Democrata para exigir que o presidente George W. Bush comece a retirar as tropas dos Estados Unidos de solo iraquiano em quatro meses avançou ontem, ganhando aprovação de uma comissão do Senado.

O projeto de lei libera US$ 121,6 bilhões para que os EUA dêem continuidade aos conflitos no Iraque e Afeganistão, mas estabelece o prazo de março de 2008 para a retirada da maioria dos soldados americanos da região.

A medida, aprovada em votação aberta, é uma a afronta aos planos do presidente americano, cuja administração se recusa a firmar um cronograma para saída do país árabe. Um texto similar está em tramitação na Câmara dos Representantes (deputados). A Casa Branca ameaça vetar os dois planos, pois argumenta que os militares precisam de mais tempo para que um novo plano de segurança implantado em fevereiro funcione plenamente.

Os republicanos da Comissão de Apropriações do Senado tentaram retirar as referências à retirada, mas, frente a uma possível derrota, decidiram adiar a discussão para a segunda-feira, quando o plenário do Senado deverá discutir a medida.

"Eu não acho que nós, aqui de Washington, estejamos aptos para julgar as condições no campo de batalha", disse o senador republicano Christopher Bond.

Os democratas, por sua vez, argumentam que as referências à retirada são necessárias para forçar o governo do Iraque a assumir mais responsabilidade na estabilização do país.

A medida aprovada pela comissão pede que a retirada das tropas americanas no Iraque comece em no máximo quatro meses, e estabelece como meta para a retirada da maioria dos soldados o dia 31 de março de 2008.

"Eu acho que a única maneira de sermos bem sucedidos no Iraque é mudando a dinâmica", disse o senador Daniel Inouye, um democrata que comanda a subcomissão que supervisiona o financiamento militar.

Também sob a ameaça de um veto presidencial, a Câmara começou a debater ontem um projeto orçamentário que condiciona a liberação de quase US$ 100 bilhões para as guerras à retirada das tropas americanas. A diferença em relação à proposta do Senado é que a data limite para saída é 1º de setembro de 2008. A votação da medida deve ocorrer hoje.

"O (projeto) que estão considerando tem chance zero de ser sancionado em lei. É uma lei ruim, o presidente vai vetá-la, e o Congresso vai sustentar esse veto", disse o porta-voz da Casa Branca, Tony Snow. Mas líderes democratas continuam atrás dos 218 votos necessários para aprovar o projeto na Câmara.

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