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Acordo

Senador republicano se diz otimista, mas pede cautela

Ao mesmo tempo em que vários senadores apareceram ontem em programas de TV para falar do esforço para mudar a lei de imigração, dando um tom mais otimista à questão e admitindo um acordo, o senador republicano Marco Rubio pediu cautela.

"Não houve ainda nenhum acordo sobre a legislação de imigração", disse, em comunicado divulgado ontem.

Rubio faz parte do grupo bipartidário que está discutindo a questão.

"Sinto-me encorajado pelos relatos de acordo entre grupos de empresários e sindicatos sobre a questão dos trabalhadores. No entanto, os relatos de que o grupo bipartidário de oito senadores chegou a um acordo sobre a proposta legislativa são prematuros", afirmou Rubio.

O senador se referia às notícias veiculadas no sábado de que a coalizão sindical norte-americana AFL-CIO e a Câmara do Comércio dos Estados Unidos chegaram a um acordo sobre um programa para trabalhadores com pouca qualificação profissional, o que colocava em risco toda a reforma na lei de imigração.

Os sindicatos argumentavam contra o programa, dizendo que uma enxurrada de trabalhadores imigrantes que aceitam baixos salários vai tirar empregos dos americanos.

Com o acordo, foi removido o principal obstáculo à conclusão de uma reforma na lei de imigração que prevê, entre outras coisas, melhorar a segurança na fronteira, a fiscalização dos empregadores, e a imigração legal, além de criar um mecanismo para que os cerca de 11 milhões de imigrantes ilegais que hoje vivem nos EUA possam obter cidadania.

Agência Estado

Após a maior entidade empresarial e a maior federação do trabalho dos Estados Unidos entrarem em acordo sobre um programa de trabalho para estrangeiros, o grupo bipartidário de senadores que discute a reforma do sistema de imigração do país resolveu todas as principais questões do projeto.

O grupo parlamentar deve apresentar o projeto na primeira quinzena de abril, após o Congresso voltar de um recesso de duas semanas devido à Páscoa.

Os políticos disseram que ainda não há um acordo final, no entanto, porque é preciso colocar os termos em linguagem legislativa para que os oito senadores do grupo bipartidário possam revê-lo.

A Câmara de Comércio dos EUA, o maior grupo empresarial do país, e a AFL-CIO, a maior federação do trabalho, chegaram a um acordo na sexta-feira e abriram caminho para a elaboração do projeto de lei completo.

Ele vai incluir a possibilidade de cerca de 11 milhões de imigrantes que não têm documentos ganhem a cidadania americana, o reforço da segurança nas fronteiras e formas de atender a necessidade tanto dos trabalhadores altamente qualificados quanto dos não qualificados.

"Com o acordo entre as empresas e o trabalho, a maior questão política foi resolvida", disse o senador Charles Schumer, democrata de Nova York e um dos líderes do grupo, que tem quatro democratas e quatro republicanos.

O senador republicano Jeff Flake, do Arizona, outro membro do grupo, também apareceu no programa e disse que os políticos estão comprometidos com o projeto. "Estamos comprometidos com isso se pudermos obter a linguagem correta."

"Eu acho que nós temos um acordo", disse o senador republicano Lindsey Graham, da Carolina do Sul, um outro membro do grupo. "Há alguns detalhes ainda", disse ele à CNN. "Mas conceitualmente temos um acordo entre as empresas e o trabalho."

Graham expressou confiança de que o projeto de lei acabaria por ser aprovado pelo Senado, liderado pelos democratas, e na Câmara dos Deputados, liderada pelo republicanos.

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