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O Senado dos EUA votará nesta quinta-feira, de forma definitiva, a maior reforma migratória do país desde 1986, abrindo passagem rumo à legalização e à eventual cidadania da população sem documento, além de reforçar a segurança nas fronteiras.

Após uma leitura do projeto de lei já modificado com dezenas de emendas, o Senado alcançou um consenso para votar o projeto a partir das 16h (horário de Brasília), segundo disse o líder da maioria democrata do Senado, Harry Reid.

Reid fez o anúncio segundos depois do Senado aprovar, com 68 votos a favor e 32 contra, uma moção de procedimento chave que limitou o debate sobre o projeto de lei. A medida ultrapassou os 60 votos mínimos que eram requeridos para que o plano reformista avançasse.

Previamente, o Senado também aprovou outra moção para incluir no texto final dezenas de emendas que foram votadas ao longo do debate da legislação.

O Senado aprovou na quarta-feira, por maioria, incluir na legislação um "plano de reforço" de vigilância fronteiriça, que aumenta drasticamente o número de contingente e recursos para impedir o cruzamento ilegal rumo aos EUA desde o México.

O projeto de lei, produto de intensas negociações desde janeiro pelo chamado "Grupo dos oito" do Senado, abre via para a legalização e eventual cidadania da população sem documento; condiciona a legalização à segurança fronteiriça, além de estabelecer sanções para empresas que contratem imigrantes ilegais.

A reforma migratória, que é uma das maiores prioridades do presidente Barack Obama para seu segundo mandato, conta com o apoio de uma vasta coalizão de líderes cívicos, empresariais, religiosos e sindicais, que reivindicam uma solução permanente aos que são vistos como uma "crise humanitária" no país.

Com todos os senadores presentes para a histórica votação - algo reservado tradicionalmente às iniciativas de grande envergadura -, a ideia dos partidários da reforma é obter o maior apoio possível e que essa demonstração de força exerça pressão sobre a Câmara baixa, que ainda não debateu sua própria versão da reforma.

A Câmara baixa, de maioria republicana, se opõe em sua maioria à reforma por considerar que esta não ajudará a frear a imigração ilegal e nem garante a segurança na fronteira sul.

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