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Washington – Uma comissão do Senado dos Estados Unidos autorizou ontem a intimação de Karl Rove, principal conselheiro político do presidente George w. Bush, e de outros ex-assessores da Casa Branca para que sejam interrogados sobre a demissão de oito procuradores federais em dezembro. A votação segue uma decisão tomada no dia anterior pela Câmara dos Representantes (deputados).

Apesar das divisões sobre a necessidade de se apertar o cerco a políticos próximos a Bush envolvidos no escândalo, os democratas conseguiram ver as intimações aprovadas pela Comissão Judiciária do Senado em votação aberta. Os republicanos pediram moderação, mas não conseguiram margem para barrar a medida.

A decisão veio um dia depois de uma subcomissão judiciária da Câmara ter aprovado as intimações. Ainda assim, as duas ainda não foram expedidas.

Depoimentos

Na terça-feira, a Casa Branca havia oferecido conceder os depoimentos, desde que estes ocorressem a portas fechadas e que os assessores não fossem obrigados a prestar juramento. Os democratas rejeitaram a oferta.

Após a aprovação das intimações na quarta-feira, a administração reagiu ameaçando utilizar uma prerrogativa constitucional denominada "privilégio executivo" para barrar os depoimentos. Caso isso aconteça, o Executivo e o Legislativo entrariam em uma batalha judicial que seria decidida apenas na Suprema Corte.

O escândalo foi desencadeado há algumas semanas, depois de vir à tona que a Casa Branca articulou a demissão dos oito procuradores com o secretário de Justiça americano, Alberto Gonzales. Embora o presidente tenha a prerrogativa de demitir os funcionários, a suspeita é de que a decisão tenha tido motivações políticas. Segundo denúncias, os procuradores demitidos apuravam casos que poderiam comprometer a administração.

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