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Os democratas do Senado dos Estados Unidos querem aprovar uma resolução na qual seria incluída uma retirada das tropas americanas do Iraque no prazo de um ano e limitaria-se o papel dos cerca de 140 mil soldados nesse país.

O presidente do Comitê das Forças Armadas do Senado, o democrata Carl Levin, anunciou neste domingo que a resolução poderá estar redigida ainda esta semana, mas reconheceu que não possuem os 60 votos necessários - das 100 cadeiras na câmara alta - para conseguir que passe adiante.

Em declarações ao espaço "Meet the press" da rede americana de televisão "NBC", Levin expressou sua esperança de que alguns republicanos apóiem a medida.

— Esperamos pegar alguns republicanos, não sei se conseguiremos — disse Levin, acrescentando que a medida seria uma modificação da resolução de 2002 do Congresso americano, pela qual autorizou-se o presidente americano, George W. Bush, a ordenar uma intervenção militar no Iraque, que começou em março de 2003.

O senador democrata disse que querem uma retirada das tropas até março de 2008, mas admitiu que não será "possível retirá-las".

Neste sentido, disse que algumas delas serão necessárias para treinar e apoiar os soldados iraquianos, assim como para trabalhos antiterroristas, já que "ainda restam 5.000 membros da Al Qaeda no Iraque".

Por último, Levin ressaltou que, caso a resolução fosse aprovada e Bush a evitasse, "teríamos então uma batalha constitucional em nossas mãos".

Neste sentido, a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, advertiu, em declarações à cadeia "ABC", que o Congresso - de maioria democrata - deveria evitar realizar "uma micro-gestão" da guerra.

Alguns republicanos mostram-se contrários à guerra, mas são contra uma retirada das tropas e defendem o plano de Bush de enviar mais 21,5 mil soldados ao Iraque.

Assim, o senador republicano Sam Brownback, ressaltou que Bagdá precisa de uma solução política, e não militar. Também mostrou-se a favor da divisão do Iraque em três zonas semi-autônomas, que seriam divididas segundo o predomínio das facções étnicas e religiosas.

O ex-embaixador americano na ONU Richard Holbrooke disse no sábado, no habitual discurso por rádio semanal dos democratas, que o presidente americano deveria seguir os passos do primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, e começar a sair do Iraque.

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