• Carregando...

Rebeldes do grupo Sendero Luminoso libertaram nesta segunda-feira (9) 23 dos 30 funcionários que foram feitos reféns em campos de gás natural no sul do Peru, informaram emissoras de rádio.

Os funcionários, de uma empresa que atua no setor de gás natural, foram feitos reféns no momento em que o Exército tentava cercar um líder guerrilheiro, disseram fontes das Forças Armadas e de uma empresa à Reuters.

É o segundo sequestro importante registrado em menos de uma década na região conhecida como Vrae (vale dos rios Apurímac e Ene), onde há atuação de remanescentes do Sendero em aliança com narcotraficantes. Em 2003, cerca de 70 trabalhadores da empresa argentina Techint foram resgatados ilesos.

Uma fonte disse que os empregados sequestrados estavam na zona de Kepashiato, dentro do Vrae, prestando serviços ao consórcio Transportadora de Gás do Peru (TGP), da qual participam a argentina Pluspetrol, a norte-americana Hunt Oil e a sul-coreana SK, entre outras.

"Os senderistas tomaram nesta madrugada o povoado de Kepashiato e tiraram os trabalhadores do hotel onde estavam dormindo", disse à Reuters uma fonte de uma das empresas do consórcio. "Não sabemos para onde foram levados."

Outra fonte informou que os trabalhadores sequestrados pertencem à empresa sueca Skanska, que presta serviços a empresas de gás e petróleo na região.

Forças do Exército peruano realizaram há algumas semanas uma ofensiva no Vrae à procura dos últimos chefes do grupo maoísta Sendero Luminoso. Em fevereiro, o dirigente conhecido como "Camarada Artemio" foi detido em outra área de selvas do país.

Foi a primeira grande vitória do governo do presidente Ollanta Humala contra os remanescentes do movimento rebelde.

Uma fonte militar disse à Reuters que os senderistas realizaram o sequestro para tentarem "romper o cerco do Exército".

Depois da captura de Artemio, o governo disse que deslocaria suas forças para o Vrae, área controlada por Víctor Quispe Palomino, vulgo "José".

O Sendero Luminoso teve seu auge nas décadas de 1980 e 1990, mas alguns remanescentes seus permanecem ativos. Nos últimos três anos, mais de 50 militares e policiais foram mortos em confrontos ou ataques.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]