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O juiz responsável pelo caso dos quatro condenados pelo estupro e assassinato de uma jovem em dezembro do ano passado em Nova Délhi, na Índia, caso que comoveu o país, anunciou nesta quarta-feira (11) que a sentença será emitida na sexta-feira (13).

Yogesh Khanna fez o anúncio após escutar hoje as alegações da promotoria, que pediu a pena morte, e da defesa, que defendeu a prisão perpétua para os acusados.

A corte declarou ontem os réus culpados das três acusações pelas quais estavam sendo julgados, entre as quais estupro, destruição de evidências e assassinato.

"Não pode haver algo mais diabólico que uma menina indefesa posta sob tortura", afirmou durante a audiência de hoje o promotor Dayan Krishnan para justificar seu pedido de pena capital.

Krishnan disse que o crime foi cometido com uma "brutalidade extrema", lembrou que os quatro acusados introduziram barras de ferro na genitália da jovem e argumentou que as "pessoas perderão a fé na Justiça se não for aplicado o castigo mais duro".

Já a defesa pediu prisão perpétua para os condenados no caso. "O tribunal deve levar em conta que a prisão perpétua deveria ser a regra e a pena de morte a exceção", defendeu Vivek Sharma, advogado de um dos réus.

"Os juízes não deveriam ser nunca sedentos de sangue. Não se pode aplicar pena de morte porque as pessoas pedem isso", argumentou.

No dia do crime, 16 de dezembro, a jovem, uma estudante de fisioterapia de 23 anos, retornava do cinema para casa com um amigo em um ônibus, onde foi estuprada e torturada por seis homens. A menina morreu 13 dias depois em um hospital de Cingapura.

Um dos outros acusados pelo crime era menor quando os fatos ocorreram e foi condenado a três anos de reclusão em uma casa de correção.

O sexto envolvido e suposto líder do grupo se suicidou em março na prisão, segundo a versão das autoridades.

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