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Entre os reféns com cidadania de países do Ocidente que foram sequestrados na quarta-feira (16) em um campo de tratamento de gás na Argélia, sete continuam vivos, informou nesta quinta-feira (17) a agência privada mauritana "ANI", que cita um dos sequestradores. Chamado "Batalhão de Sangue", o grupo extremista islâmico seria ligado à Al Qaeda.

Os reféns vivos são três belgas, dois americanos, um japonês e um britânico, disse o porta-voz do grupo terrorista, que desde quarta-feira mantém contato com a agência de notícias mauritana.

Nesta quinta-feira, 34 reféns e 14 sequestradores foram mortos por um ataque das Forças Armadas da Argélia, também segundo a agência de notícias ANI. O número de vítimas ainda não foi confirmado oficialmente.

Um morador da área e veículos de comunicação árabes disseram que forças argelinas abriram fogo contra um veículo, onde estavam os reféns e os sequestradores mortos. O residente disse que viu vários corpos, mas que não foi possível precisar o número de vítimas fatais.

Governos ao redor do mundo fizeram reuniões de emergência para reagir a uma das maiores crises internacionais com reféns das últimas décadas, que aumentou acentuadamente os riscos da campanha francesa de uma semana contra rebeldes ligados à Al Qaeda no Saara.

Na quarta-feira (16), um grupo extremista islâmico "Batalhão de Sangue", supostamente ligado a Al-Qaeda, havia invadido a mina de extração de gás, no Sul da Argélia, fazendo 41 trabalhadores reféns.

Dentre as vítimas, havia japoneses, norte-americanos e europeus, funcionários da BP, empresa que opera a instalação em conjunto com a Sonatrach.

Nesta quinta-feira, trinta trabalhadores argelinos conseguiram escapar, da mina de gás.

A ação do grupo islâmico foi uma reação à intervenção militar francesa iniciada na semana passada no Mali. Liderado por argelinos com atuação anterior em guerrilhas no Afeganistão, o "Batalhão de Sangue" exigiu que a França suspenda a ação militar contra militantes islâmicos no norte do Mali, uma operação que tem o aval de aliados ocidentais e africanos que temem que a Al Qaeda esteja construindo um refúgio no Saara, aproveitando a injeção de combatentes e armas das forças derrotadas do regime líbio de Muammar Gaddafi.

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