Militantes islâmicos que mantêm cinco franceses como reféns no norte da África exigiram que a França revogue a proibição do uso da burca e de outros trajes que cobrem o rosto, liberte militantes detidos e entregue um resgate de cerca de 7 milhões de euros (10 milhões de dólares), disse a TV Al Arabiya na segunda-feira, citando fontes ligadas ao caso.
"Os sequestradores têm exigências não-realistas, as quais o Mali e a França não poderiam aceitar (...), como a retirada da proibição do véu facial na França e a libertação de alguns dos elementos do grupo detidos na França, na Mauritânia e em outros países". disse uma das fontes do canal, sob anonimato.
Os contatos iniciais com a Al Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI), por intermédio de chefes locais no Mali, não foram "encorajadores" por causa dessas exigências, segundo as fontes da Al Arabiya.
O grupo também exige 1 milhão de euros pela libertação de cada refém - cinco franceses e dois africanos - segundo a TV de Dubai.
Os reféns - seis homens e uma francesa - trabalham para as empresas francesas Areva e Vinci, e foram capturados em meados de setembro no Níger, de onde foram levados para o Mali.
O governo da França havia dito na semana passada que não recebera exigências dos sequestradores, mas estaria disposto a negociar.
Em julho, a AQMI matou um refém francês de 78 anos, durante uma frustrada ação militar francesa para tentar resgatá-lo.
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