Funcionária do Lindt Chocolate Cafe sai apavorada do local do sequestro: Man Haron Monis teria feito 17 reféns, dois deles mortos| Foto: Jason Reed/Reuters

Vítima

Brasileira que foi refém passa bem, diz família

A brasileira Marcia Mikhael, que estava entre os reféns mantidos por mais de 16 horas em um café em Sidney, na Austrália, está bem, informaram parentes nas redes sociais.

Christine Mikhael, uma das sobrinhas de Marcia, agradeceu em sua conta no Facebook as preces e lembranças e disse que a a tia "está a salvo e bem". "Nossas pensamentos estão com os reféns que ficaram feridos", concluiu a mensagem.

Joanne Mikhael, outra sobrinha de Marcia, disse: "Graças a Deus Marcia Mikhael está bem!!! Nossas preces foram atendidas".

Não houve confirmação do Itamaraty de que haviam brasileiros entre os reféns.

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Momento em que Marcia foi retirada do café: ferimento no pé
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Terminou ontem com três mortos e quatro feridos o cerco de 16 horas a um café na região central de Sidney, na Austrália. A polícia de Sidney informou que, entre a vítimas, está o homem identificado como Man Haron Monis, de 50 anos, que teria feito 17 reféns dentro do Lindt Chocolate Café. Além dele, um homem de 34 anos e uma mulher de 38 anos também foram mortas no desfecho do cerco.

INFOGRÁFICO: Veja a área bloqueada devido o sequestro

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Um policial e outros três reféns também ficaram feridos durante a ação da polícia. Segundo o porta-voz do Royal North Shore Hospital, que recebeu três feridos, nenhum deles está em estado grave. Uma mulher foi baleada na perna, e seu quadro é considerado estável. Um oficial recebeu um tiro de raspão no rosto, e seu quadro também é estável. Uma outra mulher de 30 anos chegou ao hospital reclamando de dores nas costas.

Um esquadrão anti-bomba vasculhou com a ajuda de um robô a área próxima ao café atrás de explosivos. Durante o cerco, Monis obrigou os reféns a gravarem vídeos com suas demandas, e alertando as autoridades sobre bombas que teriam sido espalhadas ao redor da cidade.

O cerco teve início por volta das 9h45 de segunda-feira em Martin Place, praça do bairro financeiro de comercial do centro de Sydney que, nesta época do ano, está cheio de pessoas fazendo compras.

Monis está no radar das autoridades há tempos. No ano passado, ele foi sentenciado a 300 horas de trabalhos comunitários por escrever cartas ofensivas às famílias de soldados mortos no Afeganistão. Posteriormente, ele foi indicado por participar do assassinato de sua ex-mulher. No início deste ano, foi acusado por assédio sexual a uma mulher em 2002. Ele estava livre sob fiança.

"Sua ideologia é tão forte e tão poderosa que embaça sua visão para o senso comum e a objetividade", declarou Manny Conditsis, ex-advogado de Monis, à Australian Broadcasting Corp. Segundo ele, a ação do ex-cliente não tem ligação com grupos terroristas.

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Afroz Ali, imã do subúrbio predominantemente muçulmano de Bankstown, no oeste de Sydney, descreveu Haron como um homem perigoso, que provavelmente perdeu o controle por causa de seus contínuos problema com as autoridades australianas.

No decorrer do sequestro, os reféns mostraram uma bandeira islâmica, usada por jihadistas, pela janela do café, o que fez a polícia suspeitar de um ato terrorista.

Solidariedade

Numa demonstração de solidariedade, muitos australianos se ofereceram no Twitter para acompanhar pessoas vestidas com roupas muçulmanas que estiverem com medo de retaliação por causa do evento no café. A hashtag (#) IllRideWithYou (eu andarei com você) foi usada mais 90 mil vezes na noite de segunda-feira (horário local).

Um especialista em terrorismo disse que a situação parecia ser trabalho de um "lobo solitário", que fez suas próprias exigências, em vez de um ataque orquestrado por um grupo jihadista estrangeiro.

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