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Os cidadãos sérvios foram às urnas neste sábado para um referendo de dois dias que aprovará a nova Constituição do país, a qual proclama a soberania da Sérvia sobre o Kosovo, província administrada atualmente pela ONU.

A Constituição, aprovada por unanimidade no Parlamento sérvio no fim de setembro, considera Kosovo uma parte inalienável da Sérvia.

Mas Kosovo, que vem sendo administrado pelas Nações Unidas desde 1999, após o conflito entre as forças sérvias e os separatistas albaneses que vivem na região, é uma província sérvia apenas formalmente.

Os albaneses, que representam mais de 90% dos dois milhões de habitantes de Kosovo, reclamam a independência e poderão consegui-la quando for definido o novo estatuto da província.

Dessa forma, decidiram boicotar o referendo, como fazem em todas as eleições organizadas pela Sérvia desde 1990.

A menção de Kosovo na nova Constituição é um aviso das autoridades à comunidade internacional: a Sérvia não aceitará jamais a opção independentista.

Para ser validada, a nova Constituição deve receber o apoio de mais da metade dos eleitores inscritos.

A nova Constituição deve substituir a promulgada em 1990, sob o regime autoritário de Slobodan Milosevic, e pela primeira vez desde 1918 define a Sérvia como um país independente, refletindo assim o desmantelamento da Iugoslávia, que culminou em maio com a independência de Montenegro.

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